O NOVO PADRÃO DE VIVER A VIDA

Ousar viver na materialidade com os valores da espiritualidade

sábado, 13 de fevereiro de 2010

ESTAMOS NO UM
Hermetismo / Metafísica /
      O assunto tratado tem muito a ver com a criação mental. Uma cena não é realmente criada e sim percebida a partir do “E”. Um mundo criado na verdade é um mundo percebido, seja qual for ele não tem existência real.
     Uma pessoa caminhando na realidade não está se deslocando. O deslocamento é aparente, o que está ocorrendo é o resultado da projeção de uma sucessão de imagens oriundas do “E” - infinito. Como tal qualquer imagem que percebemos é integrante do Uno onde ela não é única, porque ali existe como potencial número infinito dela.
      Quando acreditamos estar vendo uma pessoa, ou algo, na verdade aquela visão não é real, trata-se de um holograma, de um reflexo dela. Sabe-se, pelo que diz a própria ciência, que a partir de algo pode ser gerado um número infinito de hologramas – imagens. Qualquer modificação no original, reflete-se igualmente em todos os hologramas dele resultante. Isso parece indicar que o ser não é uma imagem holográfica porque se o fosse qualquer modificação se repetiria em todos. Uma modificação de um holograma só é possível partindo do original, e sendo assim todos os seres se modificariam.  


      O ser humano é um holograma de um único SER. Sendo assim qualquer movimento que ele apresente tem que partir da origem. Desde que todos os seres são reflexos de Um único, então qualquer modificação apresentada por um ser tem que se repetir em todos. Não é isso o que acontece, um ser se movimenta independentemente dos demais, isso faz parecer que os seres não são reflexos do SER. Isso resulta de que no “E” esteja presente uma única imagem de algo, mas um número infinito deles. Considere uma pessoa A, ela estando projetada holograficamente no mundo que estivermos percebendo. Qualquer movimento – modificação – que apresente, em se tratando de um holograma, tem que haver sido ocasionada na origem, no “E”. Mas acontece que ali não há apenas uma imagem, e sim um potencial que se estende ao infinito permitindo que imagens minimamente diferentes sejam projetas. Consideremos o exemplo do filme de cinema. Pare de rodá-lo e a imagem é “congelada”, a que reflete um dos quadrinhos . A imagem seguinte já não se origina do mesmo quando gravado no filme, e sim só seguinte. Um filme requer espaço para justificar movimento, mas no “E” não, pois ele é inespacial, mas que mesmo assim ele contém tudo. Algo que proceda do “E” envolve um número infinito, mas cada “quadrinho” é uno. No “E” tudo existe em potencial, assim um movimento de alguém num momento procede de uma imagem, mas existe em número inconcebível delas. Por isso um movimento de alguém não tem que ocorrer em todos simultaneamente, pode proceder doutra. O movimento de um holograma – pessoa – é próprio dele porque e reflete uma daquela multiplicidade.
      No “E” existem, com um mínimo de variação, um número infinito de uma mesma imagem. Se vemos uma imagem, ela provém do “E”, mas existe um incomensurável número delas. Ao ver algo se deslocar aqui uma mínima fração, aquela imagem consta do “E”“E”, mas não é exatamente a mesma, e sim de outra. A aquilo que se esteja vendo no momento é a projeção da seguinte. Ocorre como dois hologramas, um da imagem do primeiro momento e o outro do momento seguinte. Quando se vê uma imagem de algo se deslocar – aparentemente – numa tela de cinema, a seguinte não se deslocou, e sim foi outro quadrinho que se projetou. No filme há uma grande sequencia da mesma imagem diferentes em um mínimo, e uma a uma pode ser projetada, não havendo assim deslocamento da primeira delas e de nenhuma outra. O que há é a projeção da seguinte ( do quadrinho) imediato. Todas as imagens vistas são únicas, mas passíveis de serem percebidas como se houvesse um infinito número delas exatamente iguais. O filme é um só, mas nele há um grande número de quadros, todos eles integrativos da unidade ( fita). A imagem real no “E” está parada, mas existe um número infinito dela, com variações mínimas.
      Exemplificando. No “E” existe a imagem original de um José que é percebido, mas concomitantemente existe outra com uma ínfima variação e assim sucessivamente. Quando vemos o segundo José pode-se pensar se tratar do mesmo, mas não é assim, se trata de uma segunda imagem com ínfimas variações. Diante desse exemplo podemos ver que as variações possíveis são infinitas e quando projetadas não notamos as diferenças.
      Projetar do “E” é efetivar uma creação mental. Assim, podemos dizer que aquilo que julgamos uma forma ou uma ação, com, por exemplo, um deslocamento, por certo se trata de uma creação distinta.
      Quando vemos uma pessoa (ou qualquer outro ser considerado) e dizemos a ela: Venha aqui e ela atende, na verdade não está realmente ocorrendo deslocamento. O que parece vir, por certo, é uma creaçao mental, a evocação de uma nova imagem. A nossa percepção começa a funcionar em termos de sucessivas imagens. A que está na posição A não se desloca para a B e assim, seguidamente. O observador é quem percebe a A, depois a B como sendo a anterior, depois a C e assim por diante. Isso gera a sensação da existência de um deslocamento. Até porque a imagem percebida não é real, se trata de um holograma, ou seja, de um reflexo, e um reflexo não pode se deslocar a não ser que isso aconteça na origem. Uma imagem de uma pessoa num espelho só se movimenta se a sua origem se movimentar. No caso da pessoa, no “E” ela não se desloca para ocasionar o deslocamento do holograma, mas emite outra. No “E” a imagem está totalmente parada, mas como existe um infinito número dela então a projeção de uma e depois de outra faz com que surja a idéia de movimento. Tudo quanto existe nesse mundo tem movimento, mas qualquer movimento é ilusão.
      O movimento de um reflexo implica que haja movimento do objeto em sua origem, assim podemos até pensar que quando um ser se desloca, na verdade tem que haver deslocamento do original. Mas no caso do Mundo Imanente não é assim, não há movimento do original, o que há se trata de uma projeção de imagens sucessivas. Deslocamento aqui não é possível sem que esse movimento se origine no próprio “E” e tal não é possível porque não existe nele movimento algum, mas, por outro lado há uma infinidade de imagens de uma mesma coisa com variações mínimas. Essa sucessiva emanação de imagens justifica o movimento (aparente) visto na Imanência, mesmo que não haja movimentos no “E”. A impressão de movimento refere-se à sucessão de imagens paradas presentes na constituição do “E”.
      Uma pergunta válida. Mas quando nos deslocamos aqui sentimos o deslocamento de efetivar, isso também é ilusão? - Quem sente não é a imagem e sim a origem. Parece difícil de aceitar assim, mas basta que se considere o seguinte. Estamos aqui e agora, temos certeza disso, acreditamos que estamos sentindo muitas coisas. Mas na verdade não é aqui que estamos, somos meros hologramas, tanto é assim que se a pessoa morre ela não desaparece, as sensações continuam presentes como atributo do espírito. Acontece dessa forma em todos os corpos sete intermediários, apenas isso é real no primeiro. Na verdade o que estamos sentindo aqui nesse momento não é algo situado aqui e sim refletido aqui. A origem do que sentimos situa-se no “E”.





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