passos para um trabalho consciente

(ensinamentos básicos que fazem parte da diretriz da asuf . são carlos)

1- O ser humano não existe. A vida humana material é efêmera e passageira, existe uma vida espiritual, como Jesus dizia – Meu reino não é desse mundo. Nós somos espíritos encarnados, ligados ao ego. Como o ser humano não conhece essa vida espiritual a única coisa que ele pode fazer para alcançar sua evolução é desapegar de tudo o que lhe prende a essa situação efêmera e passageira, ou seja, abrir mão de seus apegos materiais, morais e sentimentais. Coisas que não existem no reino de DEUS.

2- A terra é um planeta de provas e expiações. Existem no Universo diversas galáxias, diversos planetas e vida em muitos deles. A terra é a escola primária para o espírito, é planeta de provas e expiação. Existem mundos de regeneração e mundos felizes. A vida na terra é feita de vicissitudes, ou seja, de altos e baixos. A vida acontece em ciclos. Todas as pessoas encarnadas estão passando por suas provas, e por provas entendemos aprendizados necessários. Assim, ninguém pode ter dó ou pena, ou querer mudar a situação “efêmera” (irreal) pelo qual o outro ser humano está passando. Essa compreensão traz respeito e compaixão pela vida do outro.

3- As provas são dadas por DEUS, tudo o que acontece no universo tem DEUS como causa primária, e é o reflexo da lei maior de ação e reação e dos aprendizados individuais e coletivos. Deus é onipresente, onisciente e onipotente. Como diz a Bíblia não cai uma folha de uma árvore sem que seja a minha vontade. No pai nosso rezamos: Pai seja feita a vossa vontade. Então temos que aceitar em nossa vida e no outro a vontade de DEUS. Precisamos de fé, paciência e força para enfrentar nossas provas.

4- A escolha das provas de modo geral (ou seja, em essência) é realizada pelo espírito de cada um, o qual tem o livre arbítrio de escolher e Deus é a ação. O espírito é o ser real, o filho de DEUS, aquele que já viveu diversas vidas. Só ele tem a visão real do todo, de suas experiências, aprendizados e da sua necessidade. Deste modo, ele escolhe seus gêneros de prova antes de encarnar. Ao ser humano é dado um livre arbítrio (moral) de escolher passar pelas provas com felicidade incondicional ou com infelicidade e desespero.

5- O Objetivo da vida é o amor incondicional é encontrar a plenitude se integrando a DEUS. A cada dia temos a chance de amar a DEUS sob todas as coisas ou ir contra, amando as coisas do mundo, ou nos revoltando com as situações. O amor incondicional é ainda incompreensível para o seu humano, nosso amor é apegado. Mas ele pode ser conquistado pela busca da paz interior, mudança de foco e compreensão da vida, tolerância às açãos humanas, sentimento de igualdade e através da felicidade diária.

6- O Trabalho a ser realizado para encontrar essa paz interior e compreender a vida é abrir mão de querer ter sempre a razão, de estar certo, pois é isso que está nos prendendo à tristeza ou desespero. Trata-se de um trabalho diário de destruir nossos conceitos, nossas verdades, nossos desejos. Destruir tudo o que nos faz sofrer. As nossas verdades são apenas nossas, não são absolutas ou reais no reino de DEUS, são conceitos sociais, familiares, fundamentados em nossas vivências, traumas, medos e culpas. O nosso sofrimento é alimentado pela nossa mente.

7- Se é a própria mente que realmente traz o sofrimento o trabalho de atendimento ao outro deve ser sempre focado única e exclusivamente para a pessoa que está na nossa frente. Sendo assim, o problema dela nunca é o outro (o pai, a mãe, o chefe, o filho, o marido, o colega etc...), o problema está sempre NELA. Esta pessoa deve ser orientada a avaliar a mesma situação com outros olhos (com os olhos de DEUS, que vê amor, experiência e aprendizado). A pessoa deve destruir os seus próprios conceitos que a fazem infeliz. A Fé em DEUS, a Fé na vida REAL (no reino de DEUS), a Fé em si, na sua força, na sua integridade com DEUS são valores a ser transmitidos. A reforma íntima é não aceitar os pensamentos que te destroem, não se identificar com eles, buscando a paz interior.

8- Para chegar a isso é necessário alcançar um ponto chave, considerar que aquele que te magoa, te ofende, te irrita, é o teu professor. É preciso ter respeito pelo direito do outro ser com ele é. Pois, essa foi a prova escolhida pelo espírito dele. O respeito traz a compreensão e o perdão. Isso deve se dar no coração e na mente. Com o tempo, colocando a ação do amor de DEUS no outro a ofensa desaparece. Isso é interior e não em atos, por isso nunca devemos nos culpar quando não conseguirmos.

9- O ser humano é nutrido pelo egoísmo do planeta. O medo é a falta de fé e ele é o pior inimigo da evolução da humanidade. A culpa também só destrói e te afasta de DEUS e da paz. Para amar aos outros primeiro você tem que amar a DEUS e a si mesmo. Respeite-se, se ame.

10- As coisas que prendem o homem ao planeta terra são: o desejo de possuir coisas materiais, e o medo de perder. O desejo da fama e o medo da infâmia, o desejo por elogios e o medo da crítica, e o apego sentimental. Todos nos somos uma única família espiritual, e os elos terrenos são passageiros também, o apego sentimental se torna assim uma prisão.

11- Todos nos somos iguais, pois estamos no mesmo grau de escolaridade. A Igualdade é um princípio pra vida. Principalmente dentro de um trabalho de atendimento, não se sinta melhor que o consulente a sua frente e muito menos que o médium ao seu lado. Dentro da perfeição de DEUS e da ação universal cada um recebe o que necessita. Precisamos ter cuidado que a todo tempo tropeçamos em nossas próprias provas de orgulho e desejo de fama e elogio. Olhar pra dentro é o que te faz chegar à felicidade.

12- Conscientes de tudo o que foi dito acima precisamos parar de querer oferecer bengalas materiais passageiras para as pessoas que se aproximam de nós. Precisamos ensinar essas pessoas a serem donas do seu equilíbrio mental e da sua paz. Cada um precisa ser capaz de buscar a sua reforma (destruição), lutar para sair do mundo de provas e expiação. Cada vez que desejamos oferecer o bem material (soluções para problemas materiais passageiros – conflitos, saúde, dinheiro etc..) estamos desrespeitando as leis de DEUS e afastando a pessoa do seu real trabalho. Nós também não ganhamos nada com isso, já que o trabalho verdadeiro é no nosso interior. Nós não podemos dar o peixe, temos que ensinar cada um a pescar o seu. E essa pesca é interior e a busca da felicidade plena, independente da situação material que esteja ocorrendo. Esses trabalhos de atendimento público são ferramentas para o despertar da fé, fé em Deus e em si mesmo.