O NOVO PADRÃO DE VIVER A VIDA

Ousar viver na materialidade com os valores da espiritualidade

sexta-feira, 27 de março de 2009

Crônica de RUBEM ALVES Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória.
Todo mundo quer aprender a falar... Ninguém quer aprender a ouvir.
Pensei em oferecer um curso de escutatória, mas acho que ninguém vai se matricular.
Escutar é complicado e sutil.
Diz Alberto Caeiro que... Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores.
É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Filosofia é um monte de idéias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas.
Para se ver, é preciso que a cabeça esteja vazia.
Parafraseio o Alberto Caeiro:
Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito.
É preciso também que haja silêncio dentro da alma.
Daí a dificuldade:
A gente não agüenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor...
Sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer.
Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração.. .
E precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor.
Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil de nossa arrogância e vaidade.
No fundo, somos os mais bonitos...
Tenho um velho amigo, Jovelino, que se mudou para os Estados Unidos estimulado pela revolução de 64.
Contou-me de sua experiência com os índios: Reunidos os participantes, ninguém fala.
Há um longo, longo silêncio.
Vejam a semelhança...
Os pianistas, por exemplo, antes de iniciar o concerto, diante do piano, ficam assentados em silêncio...
Abrindo vazios de silêncio... Expulsando todas as idéias estranhas.
Todos em silêncio, à espera do pensamento essencial. Aí, de repente, alguém fala.
Curto. Todos ouvem. Terminada a fala, novo silêncio.
Falar logo em seguida seria um grande desrespeito, pois o outro falou os seus pensamentos. ..
Pensamentos que ele julgava essenciais.
São-me estranhos. É preciso tempo para entender o que o outro falou.
Se eu falar logo a seguir... São duas as possibilidades.
Primeira: Fiquei em silêncio só por delicadeza.
Na verdade, não ouvi o que você falou.
Enquanto você falava, eu pensava nas coisas que iria falar quando você terminasse sua (tola) fala.
Falo como se você não tivesse falado.
Segunda: Ouvi o que você falou. Mas, isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo.
É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou.
Em ambos os casos, estou chamando o outro de tolo. O que é pior que uma bofetada.
O longo silêncio quer dizer: Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou.
E, assim vai a reunião.
Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos.
E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia.
Eu comecei a ouvir.
Fernando Pessoa conhecia a experiência.. .
E, se referia a algo que se ouve nos interstícios das palavras... No lugar onde não há palavras.
A música acontece no silêncio. A alma é uma catedral submersa.
No fundo do mar - quem faz mergulho sabe - a boca fica fechada. Somos todos olhos e ouvidos.
Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da filosofia, ouvimos a melodia que não havia...
Que de tão linda nos faz chorar.
Para mim, Deus é isto: A beleza que se ouve no silêncio.
Daí a importância de saber ouvir os outros: A beleza mora lá também.
Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto.

jeova@neivas.com.br

quarta-feira, 25 de março de 2009

PARA VOCE SER FELIZ
“Para você ser feliz, para você alcançar o verdadeiro objetivo de sua vida, para você humano, basta simplesmente você deixar de ser egoísta!”

“Você é um ser humano. Tudo o que é espiritual não lhe pertence. Sabe essa história, o que o espírito faz, o que o espírito deixa de fazer, como é o espírito, qual é a ligação, isso prá você não vale nada, não resolve nada. Por que? Porque tudo o que você compreender disso, será apenas uma compreensão sua. O que interessa realmente para você, o que você pode fazer, é viver a sua vida da melhor maneira possível, enquanto está aqui. Enquanto estiver aqui, a melhor maneira de você viver é você não exigir para si. Na hora em que você não exigir para si, acabou, você vai viver muito bem!”

“Elevação espiritual é viver a felicidade incondicional e para isso você precisa suplantar a sua humanidade, que é sinônimo de egoísmo. Quando você suplanta a sua humanidade, você vence o mundo, como Cristo ensinou. Então tanto faz, se é para a elevação espiritual ou para viver como humano, o que você deveria fazer é concentrar-se em libertar-se dessa idéia de querer ganhar sempre, dessa idéia de querer estar sempre no topo da onda!”

“O que você precisa é se conscientizar que o mundo não está aqui para lhe servir, que os outros seres humanos e a vida não estão aqui para atender as suas exigências. Cada um está aqui para viver a sua vida. E a partir do momento em que você se conscientiza que o mundo não está aqui para atender às suas exigências, você nega a obrigatoriedade de que o que você exige do mundo, aconteça. Quando você fizer isso, você vai ser feliz, com o mundo do jeito que ele estiver.”
“AÍ ESTÁ A VERDADEIRA FONTE DO SEU SOFRIMENTO: O SEU EGOISMO

!”
O MUNDO NOVO
Vocês falam em novo mundo. Todos estão esperando o novo mundo. Só que o novo mundo é individual, chega para cada um. Quando? Quando ele matar o mundo velho... Quando você mata o mundo velho, você entra automaticamente no mundo novo. Ou seja, quando você silenciar o egoísmo, você vai estar no outro mundo. E veja se o mundo que você exige para si, não é tudo o que é descrito pelos mensageiros espirituais: um mundo de paz, harmonia e felicidade. Porque é assim que você vai viver. O outro vai lhe contrariar e você vai responder internamente com paz, harmonia e felicidade.
“VIVER É UMA ATIVIDADE MENTAL"!
E viver é uma atividade mental que deve ser vivida em comunhão com você mesmo! Em interiorização com você mesmo! Cada vez que você vivenciar alguma coisa, volte-se prá dentro, preste atenção em você! Preste atenção no seu pensamento! Queira entender porque você está vivendo aquilo! E não querer entender porque o outro está fazendo, porque o outro está falando, porque está acontecendo aquilo fora de você! Você tem que se preocupar e se concentrar em viver para dentro de você! E não com o outro! Esqueçam os outros! Cada vez que o outro aparecer na sua vida, pense para dentro de você. Como eu estou vivendo com o outro, como eu estou reagindo ao que o outro está fazendo, como eu estou pensando a partir da presença do outro. ESQUEÇA O OUTRO!”
O QUE VOCÊ ESTÁ ESPERANDO QUE ACONTEÇA PARA SER FELIZ?
http://www.universalismo.org/

No artigo anterior eu critiquei o FAZER para SER, ou seja, o querer FAZER algo para então SER feliz. Agora eu vou mais fundo ainda. Eu vou criticar o ESPERAR para SER. É quando você espera que algo aconteça para então ser feliz. É quando você tem esperanças.
Isso é muito interessante: ter esperanças. Muitos acham que ter esperanças é algo ótimo para se alcançar a felicidade incondicional, mas na verdade é algo péssimo. Você tem esperanças? Quem tem esperanças está esperando por algo. Quem tem esperanças está de olho no futuro, não no agora. Quem tem esperanças está pressupondo que deseja mudar algo. Quem tem esperanças está dizendo para si mesmo que está incomodado consigo, com os outros e também com o meio ambiente. Quem tem esperanças não aceita o mundo como ele é, e por isso raciocinou que precisa acontecer algo para que ele se sinta feliz. O que você está esperando que aconteça para ser feliz?
Toda esperança, todo esperar, coloca condicionalidades na sua felicidade, e isso não pode ser chamado de felicidade incondicional, ou seja, a felicidade que não depende de nada, muito menos da esperança que algo aconteça para então ser feliz.
Quem tem esperanças não pode ser livre. Como alguém pode ser livre se vive esperando que algo aconteça para então ser feliz? Que liberdade é essa? E se não acontecer o que você tanto espera? Vai se sentir contrariado e insatisfeito. É possível ser livre contrariado e insatisfeito? Claro que não. Como diz no livro Clube Da Luta: ‘Perder todas as esperanças é encontrar a liberdade.’ Você só poderá ser realmente livre quando não esperar mais nada dessa vida. Pode parecer assustador essa idéia de viver sem esperanças, mas coloque em prática e vai ver que isso é fundamental para ser feliz aqui e agora. Não pode haver felicidade incondicional enquanto você desejar que algo aconteça, enquanto esperar por algo, torcer por alguma coisa.
Lembre-se: tudo que é condicional lhe afasta da verdadeira felicidade, aquela universal e incondicional que jamais pode depender de condicionalidades para existir. Se você espera que algo aconteça para ser feliz, na verdade isso não é felicidade, mas prazer, fruto da satisfação pessoal, de um querer individual. Então ouse jogar fora todas as suas esperanças e veja a liberdade que nascerá dentro de você. Afinal, só pode ser livre aquele que não espera mais nada da vida.

sexta-feira, 20 de março de 2009

CADA UM VIVE DENTRO DE SEU PROPRIO MUNDO
Um dos ensinamentos mais profundos do Universalismo é que tudo o que acontece conosco durante a vida está dentro de nós e não fora. Cada um vive dentro do seu próprio mundo e assim pode fazer dele um `céu' ou `inferno'.É fácil de entendermos isso quando compreendemos que todos os atos e acontecimentos da vida são neutros. O que vai determinar se sofrerei ou manterei a paz interior diante do ato ou acontecimento é como eu vou me relacionar sentimentalmente com as compreensões que eu tiver deste ato ou acontecimento. Só isso. Não é o ato ou acontecimento em si que importa, mas como eu reajo sentimentalmente a ele.Vamos aos exemplos. Imagine que alguém está diante de você e lhe critica. Você tem duas escolhas: sofrer com a crítica ou manter a paz. Na primeira opção você disse a si mesmo: `olha que absurdo! Ele está me ferindo! Deixe eu dar uma lição nele!'. Já na segunda opção você disse a si mesmo: `é, está me criticando, e daí? Deixa ele me criticar. Problema é dele se não gosta de mim. Quem disse que todos precisam gostar de mim?' Neste simples exemplo vemos que não é o ato da crítica que importa, mas como nos relacionamentos internamente com ele.
Outro exemplo. Imagine que durante uma conversa alguém diz que você está errado e não tem razão. Você novamente pode sofrer com isso ou manter a paz. Se você quiser defender a sua posse moral (`eu sei', 'eu tenho certeza'), provavelmente uma discussão será iniciada e você vai sofrer se não conseguir convencer o outro que ele está errado e você está certo. A sensação de contrariedade que sentirá será o seu individualismo sendo atacado e ferido. Você queria ter a razão e por isso passou pelo ato com sofrimento porque não conseguiu convencer o outro que o certo aí era você e não ele. Mas você também pode optar em passar pelo mesmo acontecimento sem sofrimento, com paz interior, se não quiser defender internamente nenhuma posse moral, mesmo que externamente esteja mostrando o seu ponto de vista. Por que você não estaria disposto a defender nenhuma posse moral? Porque você não tem certeza de nada. Você nada sabe. Você tem plena consciência que tudo o que lhe vem pela mente é apenas uma idéia ou verdade relativa. Desta forma não há motivos para defender aquilo que você fala, compreende ou até mesmo acredita. Você simplesmente mostra o seu ponto de vista ao outro, mas sem obrigações de convencer ou converter ninguém.
Mais um exemplo. Imagine que alguém fala ou faz algo que contraria você. Você pode sofrer ou não com isso. Se você sofrer é porque não queria que isso acontecesse, achou que foi algo negativo, errado, ruim, mau, injusto. Você vai brigar com o outro, seja por pensamentos internos, palavras ou atos. Mas como você só vive dentro do seu próprio mundo, na verdade está brigando consigo mesmo e não com o outro que está vivendo dentro do mundo dele. O outro pode estar reagindo diante disso com paz, tranqüilidade e harmonia. E você, achando-se o todo poderoso está na verdade dando murros na própria mente e não no outro. Aqui compreendemos uma grande verdade: você jamais pode atingir quem não quiser ser atingido. Imagine quantas vezes isso já aconteceu com você. Você estava lá `dando uma lição' no outro, mas na verdade estava brigando consigo mesmo, com o seu próprio mundo interior que se sentiu ferido e você precisou defendê-lo a todo custo.
Então caro amigo, comece a colocar isso em prática. Comece a compreender que você está sempre dentro de si mesmo e nunca fora. O fora não existe. Os atos não importam. Os acontecimentos não importam. O meio ambiente também não importa. O que realmente importa é como você está reagindo sentimentalmente a tudo isso. E quando se vir contrariado ou ferido pelos atos dos outros, perceba que na verdade foi o seu próprio mundo que escolheu isso. E o grande `culpado' nunca é o outro ou os seus atos, mas sempre você mesmo que optou por passar pelo acontecimento de uma forma sofredora, enquanto que provavelmente o outro passou pelo mesmo acontecimento sem sofrimento. Afinal, cada um vive dentro do seu próprio mundo. E cada um tem o livre-arbítrio de criar o seu próprio `céu' ou `inferno'.

terça-feira, 17 de março de 2009

Atenção, os pólos da Terra já estão se invertendo!
Calma, caro amigo espiritualista `de araque', não precisa ter medo, pois não estou falando numa inversão física dos pólos da Terra e nem de mega cataclismos com milhões de mortos, mas de uma inversão das verdades que ditam o que significa o `bom' e o `mau' hoje para a humanidade.Deixe-me explicar. O que é o `bom' hoje para os espíritos encarnados no Planeta? Acontecer aquilo que eles querem, desejam, acham `certo', `bom', `positivo', `justo', como forma de satisfazer o ego, suas vontades, desejos e paixões individualistas. E o que é compreendido como `mau' pela humanidade? O oposto do `bom', ou seja, quando acontece tudo aquilo que eles não querem, não desejam, acham `errado', `ruim', `negativo', `injusto', que `não presta', que não satisfaz o ego, suas vontades, desejos e paixões individualistas.Mas isso é viver preso a materialidade, preso as satisfações pessoais. É egoísmo puro. Portanto, o espírito iludido pelo ego sente prazer ao ser satisfeito e desprazer ao ser insatisfeito. Ele pensa que a vida deve servi-lo sempre, dando o que ele quer, deseja, acha `certo' e `bom'. E quando não consegue isso, sente-se mal, injustiçado, vítima de um mundo cruel e totalmente injusto. Completamente iludido pelo ego, o espírito humanizado não aceita passar pelos acontecimentos `negativos' da encarnação, resiste, `bate o pé', `emburra a cara', xinga Deus e o mundo, sofre, se opõe ao agora, vive no `inferno' da vida.Quando o espírito faz sua `reforma íntima', libertando-se das verdades individualistas do ego que definem o que é `bom' e `mau', `certo' e `errado', `positivo' e `negativo', `justo' e `injusto', ele então encontra a felicidade incondicional, a paz e a harmonia. Ele compreende que as vicissitudes da vida, os desafios, problemas, dificuldades, são na verdade meios indispensáveis para que ele consiga se elevar espiritualmente. Ele entende que aquele que antes chamava de `inimigo' é na verdade o seu melhor amigo, aquele que mostra onde ele está se apegando quando tenda impor motivos para amar os outros e condições para ser feliz. Ele entende que é diante das notícias `ruins' da vida que ele tem a oportunidade de abandonar o medo, exercendo a sua fé e confiança em Deus, no Universo. Ele compreende que só pode exercer o perdão quando alguém age de forma contrária ao que ele deseja, lhe criticando, xingando, ofendendo, manipulando, roubando, magoando, traindo ou ferindo. Ele entende que não pode ter apenas "bonzinhos" no Planeta, caso contrário não teria meios de praticar o amor incondicional diante daqueles que a humanidade julga e condena como `malvados', `monstros', `criminosos' , `pecadores', etc. Ele entende que os espíritos são atores que representam papéis fictícios durante a encarnação. Ele compreende que todos os atos dos personagens que aparentemente soam como `ruins', `errados', `maus' e `injustos' são na verdade oportunidades indispensáveis de adquirir maior compreensão do Universo e assim propiciar a elevação espiritual a todos os espíritos que vivenciam estes acontecimentos ilusórios. Ele entende que tudo o que ocorre na encarnação é perfeito, pois é a justiça de Deus em plena ação, é o Universo `dando a cada um segundo as suas obras', é `cada um colhendo o que plantou anteriormente' , como forma de dar a oportunidade para que todos possam adquirir maior compreensão do Universo e assim evoluir. Ele não mais sente-se culpado por nada que faça ou deixe de fazer na encarnação, e muito menos culpa os outros por fazer algo `contra' ele ou a humanidade. Ele vê todos os atos dos espíritos como a ação de Deus, seu amor incondicional que apenas dá a cada um o que necessitam para alcançarem a elevação espiritual.Enfim, ele compreenderá que o `bom' para a humanidade, ou seja, o querer somente que aconteça aquilo que satisfaça o próprio ego é na verdade o `mau' para o espírito, pois cria estagnação espiritual, um aprisionamento às paixões, vícios, posses e desejos humanos. Portanto, o espírito ao fazer a sua `reforma íntima', desapegando- se completamente das verdades do ego, notará que houve uma radical mudança consciencial dos pólos `bom' e `mau'. Posso garantir que depois disso ele nunca mais será o mesmo.
QUEM É DEUS?
Essa é a primeira pergunta que eu vou responder para começarmos a compreender o tema Deus. Quem é Deus? Eu diria, em resposta a vocês, que Deus é a soma da letra D+E+U+S. Deus é o conjunto formado pelas letras D, E, U, S. Isso é Deus. Esse é Deus. Por que? Porque Deus é uma palavra. Deus é apenas uma palavra. Nada mais que isso. E o que é uma palavra? É uma representação gráfica de uma idéia. Palavra é isso. Cada palavra representa graficamente uma idéia.
Então respondendo agora à pergunta quem é Deus? Eu poderia lhe dizer: Deus é uma idéia que você tem. O que eu estou querendo dizer com isso? Eu estou querendo dizer (ouçam bem o que eu vou falar hein!) que no Universo não há Deus. Deus é um conceito humano. Deus é uma idéia humana. No Universo não existe um Deus. Isso é muito simples de se falar. Afinal de contas, se o Universo é uno, único e estável, como pode haver um Deus e o resto? Não dá. Não dá para se compreender a idéia de um Deus num Universo que é todo uno, que é todo único.
Então quem é Deus? Deus é uma idéia que os seres humanos têm sobre um elemento do Universo. Só isso. Tudo o que você pensar a respeito de um elemento do Universo é o seu Deus.
Deus é algo relativo. Por que? Porque cada um de vocês tem uma idéia de quem é Deus. E toda a idéia humana, como nós conversamos na semana que passou, é individual. Além do mais, a idéia que você tem sobre Deus foi aos poucos se mudando. Então nunca foi absoluta. Então Deus não é absoluto. Deus é relativo...Porque Deus só existe na mente humana como uma idéia.
Eu acho que eu compliquei tudo. Que eu dei um nó na cabeça de todo mundo. Mas é extremamente necessário para você poder unir-se a Deus, saber que Deus não existe. Saber que Deus não é algo absoluto, mas uma idéia relativa que vocês, vocês humanos têm, cada um dentro de sua individualidade...
A sua idéia sobre Deus não é Deus. È o seu Deus. Pra se unir a Deus é preciso entender que o Deus que você tem é uma idéia sobre Deus e não quem é ele. Pra que? Pra você se libertar dessa idéia. Senão você fica preso ao relativo, achando que chegou ao absoluto. È por isso que eu estou fazendo essa introdução e deixando bem claro: Deus não existe! Por que? Porque a única forma que você tem prá saber Deus é através de raciocínio. E todo raciocínio que você tem é uma verdade relativa. Portanto Deus não existe. O seu Deus não existe!
_ “Se Deus não existe, o que existe?” Então eu vou lhe responder: Quem é Deus? Deus é o Absoluto. Deus é algo igual para todos e que nunca mudou ao longo de todos os milênios que já houve, toda a eternidade. Deus é o ABSOLUTO! Esse é o real!
Mas nós precisamos parar de chamar esse real, esse absoluto, de Deus. Por que? Porque o termo Deus está cercado de milhares de conceitos. E quando eu me apego a palavra Deus, fatalmente um desses conceitos irá vir à consciência e ai se terá o relativo como absoluto.
Então quando eu digo que Deus não existe, eu estou propondo que nós façamos uma troca de palavras. Existe o absoluto ou alguma coisa que é absoluta. O que eu estou falando é que nós precisamos trabalhar com um elemento extremamente genérico, que não nos traga conceitos predefinidos, para que possamos então universalizar.
Universalizar-se é trabalhar no genérico e não no específico. E trabalhar no genérico com relação a Deus é acabar com a idéia da palavra Deus. Quantas guerras já existiram, quantas tragédias já foram feitas, por culpa desse nome, do nome de Deus ou do nome do Absoluto.
Se eu tivesse fazendo uma palestra para árabes eu não poderia falar em Deus, teria que falar Alá. Se eu tivesse falando com Hindus, teriam que ser Brahman.
Não! Esqueçam as palavras. Palavras são simplesmente expressões gráficas de conceitos. E se você não quer se prender a conceitos, você não deve então se prender a nomes.
Existe algo que é ABSOLUTO. Mas por favor não chame este Absoluto de Deus.
....
Como aplicar? Para você compreender que a realidade em que você vive não é real, mas uma ilusão. Eu já disse aqui: “O meu ensinamento só tem um objetivo. Destruir toda prisão a qualquer coisa, como certo, real ou verdadeiro. Eu não tenho a pretensão de lhe ensinar nada... Apenas lhe mostrar a relatividade que você chama de absoluta. Mais nada que isso.” A partir do momento em que você tome essa consciência que o mundo é relativo e tudo nele é relativo, você pode então libertar-se da prisão ao relativo como absoluto. Ou seja, não acreditar nas coisas que o ego cria... Nesse momento você pode retornar a consciências mais absolutas que você tem... Por enquanto não...Porque você ainda acredita que isso é real...
http://meeu.org/euedeus/som/som.htm
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