O NOVO PADRÃO DE VIVER A VIDA

Ousar viver na materialidade com os valores da espiritualidade

domingo, 27 de dezembro de 2009

RESSONÂNCIA HARMÔNICA
   O Princípio da ressonância harmônica é um princípio de transmissão de informação.
    Ressonância significa a qualidade de soar novamente. Ressonar é reverberar. Reverberação significa dar e receber, é a definição da comunicação que é sempre simultânea e acontece pelo menos entre dois agentes. Qualquer comunicação implica uma troca de informação. As pessoas falam sobre a ‘era da informação’, mas o que é informação? Da perspectiva dos harmônicos ressonantes, informação é a forma-veículo de qualidades de energia que fluem entre dois agentes ou dois grupos. Como um soar novamente, a ressonância é informação.
    A essência da informação, portanto, não é seu conteúdo, mas a sua ressonância. Por isso que sentir as coisas é importante. Sentir a ressonância da informação que chega faz criar com juntamente um campo ressonante.
    A informação é energia estruturada conforme o receptor ao qual ela se destina. Ouvimos música, “ondas sonoras que se propagam no espaço”, e em algum lugar dentro de nós experimentamos uma carga emocional. Ocorreu uma transdução _ a transformação do som, que é um tipo de informação, em energia emocional, um outro tipo de informação.
    Compreendendo todos os campos do sentido, a harmonia é a sincronização de dois ou mais tons. A habilidade em sincronizar tons e sintetizar campos do sentido é tanto uma arte como uma ciência.
    Sem dúvida que a harmonia é uma ciência. Aqueles que praticam essa ciência são os verdadeiros artistas, os profetas da harmonia, pois são eles que transmitem _ não como doutrina, mas como realidade mesma_ o princípio da ressonância harmônica.



PALESTRAS DE ‘JOAQUIM’ NO YOU TUBE
http://www.universalismo.org/10/12/2008/lista-de-audios-do-pai-joaquim-no-youtube/
.DESMISTIFICANDO O NATAL
Palavras de ‘Joaquim’ . www.meeu.com.br

“…Então, o “natal” como hoje é compreendido mesmo pelos religiosos (festa de comemoração do nascimento de Jesus Cristo) é uma ilusão, algo irreal, um maya, pois se festeja um evento que não ocorreu de um ser humano que nunca existiu….”

“… A encarnação Jesus Cristo teve a missão de ser o “verbo” para a humanidade. O “verbo” pode ser definido como a ação da frase. Tocar, cantar, brincar, rir e chorar são vocábulos que designam a ação que o sujeito está praticando naquele momento.

A encarnação Jesus Cristo pode então ser definida como a exemplificação da “ação” que os espíritos humanizados devem executar para chegar a Deus. Percorrer o caminho que leva a Deus, ou seja, viver uma encarnação Jesus Cristo é vivenciar a existência praticando as ações que “Jesus Cristo” praticou…”



“… Para encontrar e se comunicar com 'Cristo' é necessário que o espírito interpenetre no mesmo padrão vibratório dele, ou seja, coloque o amor em ação, pois Cristo não é material, mas um rótulo que se dá ao amor em ação….”

“…A única coisa que pode aproximar o espírito de Deus é a reforma íntima, ou seja, a mudança da intenção com que se vivenciam os acontecimentos da vida carnal. Quem se prende na busca do “Cristo homem” não se preocupa em colocar o amor em ação e seguir o seu exemplo. Para que o espírito alcance a elevação espiritual deve seguir a liderança de 'Cristo' (“pegue a sua cruz e me siga”) colocando o amor em ação…”

“... “Natal” não é árvore piscando, não é mão cansada de carregar presentes, não é farra, não é comida nem bebida. “Natal” não é reunião de família, mas momento de introspecção individual…”

“… Para sua sobrevivência a humanidade está preocupada com o buraco na camada de ozônio. Isso ocorre porque nunca viu o planeta a partir do ângulo espiritual, ou seja, o resultado da vida sentimental que a humanidade leva (o individualismo) que pode sufocar e exterminar com a “vida”. Este negrume, esta escuridão, esta lama é fruto do individualismo humano: eu gosto, eu sei, eu quero, tem que ser do meu jeito, você está errado.

Quando falamos na ação divina de abrir um portal, estamos alegoricamente descrevendo uma ação que faz com que surja um pequeno espaço nesta aura que cerca o planeta. Além disto, neste momento Deus conclama a todos os irmãos universais a emanarem o amor universal dirigindo-o a este portal.

Quando o espírito ligado ao orbe terrestre entra no processo de introspecção e busca de Deus (comemora o “natal”) é levado para fora deste orbe por este portal, podendo, então, banhar-se no fruto da emanação dos irmãos universais.

Esta é a “comemoração do natal” intuída por Deus para o planeta. Trata-se de uma época de meditação profunda sobre a vida, sobre os valores humanos, sobre o seu eu interior, o espiritual. Isto é necessário para que você, cônscio dessa sua realidade espiritual, consciente do seu papel no universo, possa através desse portal se ligar com a espiritualidade superior do universo e ver em si renovada, renascida, a intenção de por em prática a ação do verbo “amar”….”

OUÇA NO YOU TUBE:
3/10 . http://www.youtube.com/watch?v=NWDzwZrVoR0
4/10 . http://www.youtube.com/watch?v=KjUg15ejLII
5/10 . http://www.youtube.com/watch?v=g2L4a4ONiFU
6/10 . http://www.youtube.com/watch?v=6jgHu0T5pmc
7/10 . http://www.youtube.com/watch?v=eLFFvcA6siE
8/10 . http://www.youtube.com/watch?v=g9MHHdnXEqw
9/10 . http://www.youtube.com/watch?v=y1CkhYZyuz0
10/10. http://www.youtube.com/watch?v=3Uf_g6ibdpY










segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

PALESTRA PRESENCIAL DE 'JOAQUIM' EM CURITIBA
DATA:  13.12.09 DOMINGO, às 14:00hs
LOCAL. CHÁCARA SOLARIS
INFORMAÇÕES: harmoniiia@yahoo.com.br / 41. 9601.3297

Olhe o que 'JOAQUIM' diz sobre a natureza espiritual e a humana:
"Não se trata do que se faz, mas de como se faz, para que se faz. O ato, a ação, não é por si só atributo de elevação ou não. O que pode ser considerado como atributo de elevação espiritual é a base da ação: a intencionalidade com que se vivencia cada acontecimento da existência."
http://pro-harmonia.blogspot.com/2009/04/natureza-espiritual-e-humana-nao-se.html

para saber mais (textos, áudios, videos)

domingo, 1 de novembro de 2009

HARMONIZAÇÃO PELA DANÇA

Uma das portas de mais fácil acesso à meditação nos dias de hoje é por meio da dança. A dança é usada desde tempos ancestrais para a conexão direta com dimensões mais sutis da realidade. Através da total entrega à essa atividade é possível conectar-se à energia vital que permeia todo o universo. Essa é uma experiência tão profunda e transformadora que surte efeitos permanentes sobre nossa consciência.
A dança é um verdadeiro ritual de celebração. E celebrar é a grande sabedoria de vibrar com tudo o que há. O aprisionamento das limitações e julgamentos, rapidamente começa a se dissolver diante do poder da celebração.
A celebração move-se na direção oposta da condenação. Enquanto o julgamento contrai e limita, a celebração expande a consciência. Sementes de condenação transformam-se em medo, ansiedade e estresse, tanto quanto expansão, alegria e paz são frutos do simples alinhamento com a vibração da celebração. A celebração contesta uma das mais profundas crenças de limitação de que há algo errado com nossas vidas. Esta crença desnecessária é a fonte de onde toda a miséria surge. É o espinho que perpetua o sentimento profundo de dor e vazio. Substituindo a crítica, semente de dor e limitação, pela celebração, semente da alegria e expansão, a vida se transforma rápida e dramaticamente. Como os dramas e estresses da mente se evaporam, a vida pode ser vivida mais intensamente e inocentemente no momento presente.
Celebrar a vida é o grande mecanismo de expansão.
Informações: (41) 9601.3297 / pro-harmonia@hotmail.com

CANTOS DE AUTO CURA SESSÕES INDIVIDUAIS
Trazem relaxamento profundo, que permite desarmar a couraça das verdades e dos condicionamentos;  possibilidade de acesso a níveis mais profundos de si mesmo.
Contribuem na preparação de um estado propício para que o verdadeiro trabalho sobre si, de reforma íntima, possa ser feito: 'ousar viver na materialidade, como espiritos que somos' ou seja, transformar a 'camisa de força' num luminosos ' campo de força'...

Informações e Agendamento: (41) 9601.3297 / pro-harmonia@hotmail.com

O canto é uma ferramenta de transformação da consciência, bem como das disfunções emocionais e físicas. O ser humano é um complexo sistema em ressonância, ou seja, os músculos, os órgãos, os pensamentos, os sentimentos e as sensações e os demais ritmos orgânicos, interagem uns com os outros e com o mundo, afinando-se de infinitas maneiras. Cada órgão, cada membro do corpo tem a sua própria freqüência de vibração que muda de acordo com a sua condição de saúde.
Pesquisas científicas comprovam que todo som atua com suas vibrações sobre os demais corpos; afeta o ordenamento molecular; influi nos processos físico-químicos; modela as formas geométricas; provoca fenômenos de atração e repulsão; influi na coesão orgânica da matéria.
Tudo é energia e tudo ressoa. Diariamente somos impactados com diversos tipos de energia que atuam sobre nosso corpo e nossa mente. Existe uma Ordem que, se preservada no organismo humano, nos traz a saúde. O equilíbrio e a harmonia de todas as partes entre si. Já quando nos afastamos dessa Lei, surge a (des)Ordem. E aí se instala a doença. Então, harmonizar nosso corpo é desenvolver a saúde em planos físicos, emocionais, mentais e espirituais.
Nossas células, tecidos e órgãos estão todos conectados. Cada célula cumprindo sua missão, mas todas em perfeita conexão. O Universo é uma sinfonia onde cada um é uma nota. Quanto mais harmoniosos internamente estamos, mais colaboramos para a harmonia do todo. Acalmar a mente é acalmar o corpo de sua agitação do cotidiano.
Sonorizar é muitas vezes um alivio para um organismo reprimido ou bloqueado. O som inclui no processo de cura de várias maneiras: influi nas funções celulares pelos efeitos energéticos, acalma a mente e com ela o corpo, tem efeitos emocionais que influem nos neurotransmissores que ajudam a regular o sistema imunológico (o sistema curador que temos internamente). Afinal os músculos, a circulação sanguínea, os nervos são movidos pela força da vibração. Então, sensíveis ao som.
Receber um canto único, vibrado de forma rítmica e repetitiva especialmente para você...
Vai trazendo serenidade, confiança, entrega. As partes do ser vão se harmonizando. E as emoções perturbadoras podem ser transformadas naturalmente, trazendo um realinhamento energético para uma nova atitude mental.


SALA DE CURA
elemento para a harmonização
arq. Annamaria Pires

Nos tempos atuais, o ser humano precisa com urgência encontrar uma forma de se manter como ‘ser humano’ e não vir sendo fragmentado, despedaçado, triturado pelo massacrante ritmo da sociedade moderna.
O problema não é suprimir as mudanças, o que não pode ser feito, mas se tentar conscientemente construir zonas de estabilidade.
A proposta é instalar em sua própria residência uma sala, um recanto ou um canto, específico para esta atividade, para que ela possa acontecer continuadamente, independente das atividades normais da casa. Uma Sala de Cura. Na verdade uma sala de auto-cura que possibilite uma revitalização energética e o auto-centramento.
Ambientes que tragam a sensação de segurança e que ativem uma espécie de ‘armadura sensorial’ para minorar os impactos e estímulos sensoriais excessivos do meio ambiente. Pois a todo momento é grande o desgaste das tomadas de decisão contínuas.
Portanto, ainda que seja durante alguns minutos do seu dia, é importante para o indivíduo estar num local tranqüilo e que favoreça o estado de relaxamento, de aprofundamento do contato consigo mesmo. Através de continuados momentos de meditação, insights profundos podem ensinar sobre como melhor lidar com a realidade, mantendo a integridade da própria identidade. Deixando de ser um joguete na sociedade do consumo, da imagem, do virtual, o indivíduo poderá estar mais centrado no aqui e agora com sua consciência percebendo melhor a si mesmo e a suas circunstâncias.

RESGATAR AS PARTES FRAGMENTADAS DO SER . RETORNAR A SI MESMO.
PROJETOS ARQUITETÔNICOS E INSTALAÇÕES
Contato: ao@arquiteturaorganica.com.br
Mais informações: ArquiteturaOrganica


RESGATAR AS PARTES FRAGMENTADAS DO SER . RETORNAR A SI MESMO
arq. Annamaria Pires .

Como pode o individuo manter a sua sanidade física, mental e emocional, nestes tempos de pós-modernismo, de interligação global instantânea pela internet, de avanços inimagináveis com o surgimento da biogenética e da nanotecnologia?
Como pode o indivíduo manter-se saudável e equilibrado nestes tempos onde o virtual, os simulacros, as aparências, crescem vertiginosamente, fazendo com que ele perca o senso de sua identidade, as referências do lugar em que vive e do grupo a que pertence?
Quando ele passa a estar sujeito a uma verdadeira ‘tsunami’ de estímulos e informações de toda ordem, que o impulsionam a agir de qualquer forma e cada vez mais rápido?
Só o encontro consigo mesmo, só a manutenção deste contato forte, pode assegurar que o ser humano mantenha sua identidade íntegra. E apesar de imerso na panela de pressão do mundo atual, com a incerteza, o medo e a violência imperando, gerando e amplificando todo tipo de desarmonia e doenças , somente a força deste contato consigo mesmo _ a validação deste ”saber”, o acordar desta “vitalidade” _ trará as referências mais verdadeiras para o auto-centramento e o equilíbrio, indispensáveis para o indivíduo manter-se saudável física, mental e emocionalmente.
Auto curar-se é reunir as condições internas de discernir melhor para reconhecer a si mesmo e a suas circunstâncias e saber como atuar sobre suas elas de forma equlibrada. Voltar-se para si para transformar potencialidades latentes em poderes ativos.
Para resgatar as partes fragmentadas do próprio ser é preciso retornar a si mesmo.




quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Participante: Qual o caminho para se libertar dos grilhões, eliminando o raciocínio e a razão, pois são frutos de uma consciência constituída erroneamente, e ousar?
Deixe-me lhe dizer uma coisa: não se acaba com o raciocínio, não se acaba com os grilhões. O que você deve fazer é libertar-se deles...
O que estou buscando lhe transmitir é uma coisa completamente diferente daquilo que você está entendendo. Acabar com o raciocínio é deixar de tê-los; libertar-se deles é tê-los e não dar importância a eles.
Vou lhe contar uma história, que está em um livro da literatura espírita de vocês. Com isso, acredito que posso lhe ajudar a compreender o que estou tentando transmitir..
Duas moças, que eram princesas em seus países, foram raptadas e aprisionadas por um egípcio. Elas transformaram- se em escravas dele.
Uma vivia com raiva de quem lhe seqüestrou e transformou em escrava. Sofria e amargurava esta dor no peito... A outra, apesar da mesma escravidão, vivia em paz e harmonia consigo mesmo.
A moça que sofria perguntou um dia para a outra: você não tem ódio deles? Como você consegue viver assim sabendo que sua família está longe, que você poderia estar num palácio, mas está aqui trabalhando como escrava.
Aquela que não sofria respondeu então: quem está escravizada é meu corpo, não eu. Eles só podem fazer qualquer coisa ao meu corpo, não a mim.
Desta história tiramos uma grande lição para esta pergunta que você me fez:: deixe o ego escravizar o ser humano e não se deixe escravizar pelo ego... Seja livre da escravidão do ser humano...
Sabe, uma das maiores mentiras que eu já ouvi é quando o ser humano diz: eu sou livre. Que mentira...O ser humano é um escravo... Escravo da sociedade, das regras societárias que ditam o "certo e do errado". Escravo dos seus desejos, pois só quando eles são satisfeitos o ser humano está feliz. Escravo da vida que leva, porque por mais que ele se esforce para ir para um lado a vida o leva para outro...
O ser humano não tem liberdade alguma. Vive cercado por regras, normas e leis. Vive aprisionado a paixões e desejos e quer se dizer livre.
Essa é uma consciência que você precisa ter: ser um ser humano é ser escravo. Escravo do ego, da sociedade, da família, do emprego... Liberte-se de tudo isso.
Não estou falando para acabar com a família, com o "certo e o errado" ou para deixar de trabalhar. Estou falando em se libertar das idéias que tem sobre estas coisas. Isto porque deixar de ter essas idéias é coisa que você não pode fazer, pois é o ego que as tem. Sendo assim, elas continuarão existindo até que Deus não mais as crie...
Então, libertar-se dos grilhões e viver com Deus é – ouça bem o que eu vou falar e guarde bem isso – libertar-se da humanidade exigida para o seu ser humano, para o seu personagem humano. Se a vida exige que o seu personagem como homem aja de tal forma, liberte-se desta obrigação. Viva como viver, seja feliz.
Você pode até fazer o que ou outros cobrem que faça, mas não aja motivado por obrigação, por ter que fazer... Participe apenas assistindo o que está sendo feito, ou seja, tenha a consciência de que está fazendo porque está e não porque é obrigado a ser assim...
Sabe, se os outros, para que você dizer-se humano, lhe dizem que é preciso cumprir determinadas atitudes, liberte-se dessa cobrança. Com isso não estou dizendo que não faça, mas que não se escravize: não se sinta obrigado a fazer, a ter que fazer...
É isso que é a liberdade dos grilhões que nós ensinamos e que propomos...
Muitas pessoas acham que nós estamos aqui para criar algo novo, uma ciência ou uma doutrina nova, mas não é isso. Nós viemos com uma missão: propor aos seres humanizados uma revolução...
Revoltarem-se contra a humanidade que vivem... Revoltar-se, no sentido de libertar-se, não ter raiva.
Libertarem-se desta série de padrões de "certo e errado", da obrigação de ter que fazer determinadas coisas, de que fazer algo é direito e praticar outro tipo de ação não é...No nome de vocês, isso tem um nome: anarquia...
É isso mesmo que estamos propondo: uma anarquia. Não uma baderna, mas uma anarquia no sentido de não serem compromissados com a humanidade com a qual vivem através das suas consciências.
Na hora que você atingir este estado anárquico viverá como Cristo, que, aliás, foi o maior anarquista que já apareceu...
Ele foi contrário a todos os padrões pré-estabelecidos de sua época. Justamente por causa disso, aliás, foi crucificado.
Portanto, deixe os outros lhe crucificar. Crucificar não como ato material, pois hoje isso não acontece mais, mas moralmente: falarem mal de você. Não se preocupe com esta crucificação, mas olvide todos os seus esforços para se libertar de sua humanidade, pois os critérios humanos são os grilhões que não deixam o espírito alcançar a Deus.
Deixe-me completar o assunto dizendo uma coisa: por causa deste raciocínio que desenvolvi é que Paulo diz que o ser humano é o inimigo de Deus.
Não o ser humano como individualidade, mas a humanidade que um ser espiritual assume durante a encarnação é o inimigo de Deus. Isto é realidade, pois a humanidade tem como fundamento básico o egoísmo, o individualismo, enquanto que Deus universalista.
Participante: Esta escravidão na carne é uma evolução para muitos espíritos: mudança menos ruim de conduta...
Não, esta escravidão é a prova.
A escravidão aos critérios humanos é prova para o espírito. Ela existe para que ele possa testar o seu estado de espírito. Se ele acredita (altera seu estado de espírito) nestes critérios humanos e por isso vivencia o prazer ou a dor ele não realizou sua prova a contento, não se aproximou de Deus.
Deixe-me deixar uma coisa muito clara: viver por critérios humanos ou espirituais são caminhos diferentes. Quem caminha para a humanidade afasta-se de Deus e quem caminha para Deus afasta-se da humanidade.
Cristo foi bem claro neste aspecto: não se servem dois senhores ao mesmo tempo. Se você quiser servir à humanidade não conseguirá servir a Deus. Amealhe bens no céu e não na Terra... É, ele foi bem claro...
A questão a respeito deste antagonismo que falei precisa ser muito bem compreendido para que o ser humanizado não se julgue santo por seguir os critérios humanos. Na verdade, o ser humano jamais se santifica, pois isso só pode ser alcançado pelo espírito e só ocorre quando ele abandona a materialidade e vive a sua divindade íntima...

sábado, 12 de setembro de 2009

"My work consists in helping you to be free from all magic, theology, philosophy, sectarianism, churches, so that you can be religious. But now the religion has to be religionless and the God has to be godless. That is the ultimate revolution. Man has been waiting for it for long. And we are living in one of the most fortunate times, because that impossible is possible now. Man has attained to such maturity that he can take that jump. He is no more a child; man has come of age. " Osho

terça-feira, 8 de setembro de 2009

SALAS DE CURAS
o que são e para que instalá-las em sua residência?
Ouça os áudios www.arquiteturaorganica.com.br
Nestes tempos... 3’12
Como pode o individuo manter a sua sanidade física, mental e emocional, nestes tempos acelerados de informação e tecnologia?”

As Salas de Cura...4’23
“Uma zona de estabilidade onde o individuo é convidado a conectar-se consigo mesmo, diariamente, distanciando-se, temporariamente, do caótico envolvimento com os estímulos do mundo.”
A evolução nos programas arquitetônicos das residências . Transhumanismo . Ubiquitous City (U-City)...6’26
“Um novo ser”... talvez biônico, ciborg, transhumano...“Novas Cidades e ambientes”... ambientes ubíquos, onde toda tecnologia de informação está aplicada e todos os sistemas estão interligados.“Novas funções e novas relações” ... surge a necessidade de criação das salas de auto-cura_ um espaço de trégua para o indivíduo, uma espécie de ‘armadura sensorial’ para minorar os impactos e estímulos sensoriais excessivos do meio ambiente.
Como podem ser estas salas de cura?...
“Uma zona de estabilidade”... Ambientes serenos e tranqüilos que se contraponham à ameaça da superestimulação, dos elevados índices de transitoriedade, diversidade, novidade e ao desgaste das tomadas de decisão contínuas.

Uma experiência...
“Criar mentalmente sua Sala de Cura”...e centrado no aqui e agora permitir que a sua vida esteja viva, que a consciência perceba melhor a si e a suas circunstâncias, para melhor agir sobre elas.

ao@arquiteturaorganica.com.br

sábado, 5 de setembro de 2009

INSIGHT... ANDANDO NO PARQUE ...
Vi com grande certeza que nestes tempos de pós-modernismos, de interligação global pela internet, de aceleração da informação, de avanços na tecnologia com a biogenética e nanotecnologia, enfim nos tempos atuais, a única saída para o ser humano permanecer em equilíbrio é voltar-se para dentro de si... para este radar que existe em seu interior, que pode lhe dar o Norte mais verdadeiro, e que, através da sua intuição pode trazer um discernimento mais profundo sobre si e suas circunstâncias.
Nestes tempos onde o virtual, os simulacros, as aparências, crescem vertiginosamente fazendo o indivíduo perder o senso de sua identidade, as referências de lugar e de grupo, passando a estar sujeito a uma ‘tsunami’ de estímulos e informações de toda ordem que o impulsionam a agir de qualquer forma e cada vez mais rápido, nestes tempos, o ser humano precisa com urgência encontrar uma forma de se manter como ‘ser’ e não vir sendo fragmentado, despedaçado, triturado pelo massacrante ritmo da sociedade moderna.
Reforçou-se em meu interior a certeza de que só o encontro consigo mesmo, só a manutenção deste contato forte, pode assegurar que o ser mantenha-se íntegro, vivendo dentro da panela de pressão do mundo atual.
Porém, vi também que a força deste contato consigo mesmo, para ali encontrar as referências mais verdadeiras de si mesmo, depende do grau de validação que o individuo confere a si mesmo e a este ‘saber’, a esta ‘vitalidade’ que existe dentro de si mesmo.
Então, vi que esta ’vitalidade’ só é possível de permitir, que este saber interior só é ouvido e obedecido, que esta intuição maior só pode fluir mais além de qualquer orientação e estímulo externo vindo da religião, da sociedade, da família de onde quer que seja _ este forte e verdadeiro contato interior só é possível quando o indivíduo valida a si mesmo, gosta de si, é seu aliado, respeita e admira a si mesmo, enfim possui boa qualidade de amor próprio...

“Libere a qualidade de vida que há em você; permita fluir a vida que há em você... deixe de impedir...
Ao invés de querer estar sempre certo, ter sempre razão, ser sempre o dono da verdade, correr atrás da fama e de querer ganhar sempre....Ao invés de querer ter sempre prazer, querendo que você seja sempre satisfeito, seja sempre atendido...Ao invés de sempre querer mais, estar sempre ligado às posses, eu sei , eu estou certo... eu gosto, eu desgosto, eu amo, eu desamo...é meu, é do outro, quero mais...
Libere as amarras que impedem o fluir... Permita que o rio da vida flua...é só permitir!
Basta de represar! Basta de interceptar! Basta de conjecturar!
É permitir que a natureza natural flua!
Que a sabedoria natural aja!
Que a beleza natural se revele!
Que a ordem natural se estabeleça!
Que a verdade natural se manifeste!
Natural?!? Natural é a vida! E o que você faz com ela?! E o que você faz por ela?! Deixe a vida viver...No aqui e agora! Sem mais!!!"

sábado, 27 de junho de 2009

'O CAMINHO' Fala-se muito sobre o caminho. Ouvimos falar muito sobre isso. Ouvimos falar sobre caminho longo e caminho estreito. Ouvimos falar sobre adentrar o caminho, percorrer o caminho, buscar o caminho. Mas, afinal de contas, existe realmente um caminho?
Todo caminho envolve um movimento no tempo e no espaço. Todo caminho envolve atravessar. Quando falamos, porém, de uma jornada interior, em direção ao núcleo mais profundo daquilo que somos, a metáfora do caminho perde sua base de sustentação.
O caminho não é, outra coisa, senão um simples olhar. E não há como adentrar este simples olhar. Não há como alcançar este simples olhar. A razão para isso é muito simples: você já está olhando! Assim, precisamos verificar com um pouco mais de cuidado a maneira como você vem olhando. Precisamos, se você anseia conhecer-se, verificar a forma como você vem olhando. Nisso consiste todo o segredo. Nisso consiste toda a beleza da vida.
Poucos possuem o olhar puro! Poucos olham de uma forma inocente! Poucos olham, de fato! Neste caso, há apenas um desperdício de energia, uma perda daquilo que é mais precioso em você. Estou falando da sua criatividade. Estou me referindo à pureza daquilo que você já é contaminado pelo medo e pelas palavras.
Um olhar puro, um olhar de criança é o objetivo real para aqueles que – de uma forma ou de outra – estão ligados a uma verdadeira espiritualidade. Infelizmente, nada é capaz de descrevê-lo. Entretanto, uma vez encontrado, você verá que todas as respostas para aquilo que tanto o incomodava estavam bem aí… na sua frente.
Fomos educados e treinados a buscar amparo naquilo que podemos ver, tocar ou cheirar. Fomos adestrados a acreditar apenas naquilo que nossos pensamentos nos dizem. Mas quando olhamos para a vida de uma forma pura, quando sentimos a vida de um modo pleno verificamos a presença de algo bastante sutil, invisível a qualquer um de nossos sentidos.
Existe vida por todo canto! Você não é parte dessa vida. Você é essa vida! E a essência daquilo que pretendo comunicar está aqui: quantos(as) permitem a si mesmos(as) serem tragados por esta vida? Quantos são capazes de tornar os seus olhos limpos novamente? Sim, porque isto é fundamental.
O que você tem visto à sua volta parece estar contra você. O que você tem visto ao seu redor parece querer esmagá-lo. No entanto, é o seu olhar, um olhar apodrecido que não o permite ver a simplicidade da vida que o invade, o atravessa, o faz respirar, o faz nascer, o faz existir.
Este é o caminho! Não algo a ser trilhado, algo a ser medido. O caminho é algo a ser reconhecido! O caminho é a vida e você não pode chegar até ela. Você pode APENAS parar de evitá-la. Você pode apenas parar de tentar controlá-la. Em outras palavras, você pode apenas desaparecer e deixar com que ela o acolha. Você pode apenas se dar conta daquilo que olha. Então, você terá encontrado!
Espiritualismo Ecumênico Universal

domingo, 31 de maio de 2009

Vencendo os processos de raciocínio para alcançar a felicidade incondicional
O ser humano é um ser racional que sempre precisa de motivos e condições para amar ou se sentir feliz. Sendo assim, o grande objetivo da encarnação é vencer os processos de raciocínio que temos e que nos impedem de amar universalmente e alcançar a felicidade incondicional.Por exemplo, quando acontece algo que vai contra a felicidade material, ou seja, quando ocorre algo que a mente julga como errado, injusto, mau, negativo, o raciocínio manda que fiquemos tristes, com raiva, contrariados e frustrados. E quando ocorre algo que satisfaz a felicidade material, ou seja, quando ocorre algo que a mente julga como certo, bom, justo, positivo, o raciocínio manda que fiquemos alegres, excitados e extasiados.Se não estivermos atentos a isso vamos viver entre os extremos das polaridades do prazer e da dor. Quando a felicidade material for satisfeita vamos nos exaltar, enquanto que quando a felicidade material for insatisfeita vamos cair em depressão. E acredite, é assim que a maioria de nós vive, numa verdadeira montanha-russa sentimental, ora infeliz, ora de bem com a vida.No universalismo nós falamos que os atos não importam, mas sim como nos relacionamos mentalmente e sentimentalmente diante deles. Isso é muito importante, pois estamos dizendo que é possível manter a felicidade incondicional, ou seja, vencer o prazer e dor, mesmo diante de atos individuais ou coletivos que o raciocínio julga como errados, injustos, maus e negativos, mas também diante dos atos que ele julga como certos, bons, justos e positivos.Por exemplo, você fala algo que alguém não gosta e aparentemente fere esta pessoa. O raciocínio vai criar todas as condições para você sentir prazer ou dor diante do sofrimento gerado a outro ser humano. Se o raciocínio diz que esta pessoa não presta você vai sentir prazer ao ver que ela se sentiu ferida por você. Se o raciocínio diz que esta pessoa é querida você vai se sentir mal porque a feriu. Tudo isso criado pelo raciocínio. E se você acreditar neste processo mental, com certeza, vai se exaltar no prazer por ter conseguido ferir alguém ou vai cair em depressão por ter machucado.Percebeu o problema de levar a sério os processos de raciocínio? Se você não quer viver numa montanha-russa sentimental, ora infeliz, ora de bem com a vida, o caminho é vencer os processos de raciocínio.Vamos ao exemplo. Você fala algo que alguém não gosta e aparentemente fere esta pessoa. Você diz para si mesmo: `é, falei isso e ela não gostou… e daí? Porque eu preciso que todos gostem ou concordem comigo?'. O resultado disso pouco importa, porque sempre vai acontecer o que tiver que ocorrer. Se ela vai brigar com você, se você vai pedir desculpas, isso é irrelevante, pois o que realmente importa é você vencer o raciocínio que diz para você sentir prazer ou dor diante do ato. Se conseguir isso você atingirá a apatia, a neutralidade.Mas o mesmo se aplica quando alguém fala algo que você não gosta e por isso você se sente ferido. Diga para si mesmo: `é, não gostei… e daí? Porque todos precisam concordar com o que eu penso? Se eu quero ter liberdade de ter minhas idéias, também preciso dar aos outros essa liberdade'. Também não importa a conseqüência disso. Você pode responder ou até discutir, pois vai acontecer o que tiver acontecer, mas vencendo o raciocínio que diz para você sentir prazer ou dor diante deste ato você vai estar em paz consigo mesmo, não importando o que acontecer.Portanto, examine a sua vida. Verifique os processos mentais que criam motivos para você se exaltar no prazer e cair em depressão na dor. Perceba que a mente humana está sempre julgando tudo o que ocorre ao seu redor para ver se isso é certo, bom, justo, positivo ou errado, mau, injusto e negativo. Perceba que a mente humana está sempre criando justificativas para que você sinta prazer ou dor diante de determinado ato individual ou coletivo. Perceba que a mente humana está sempre julgando se você tem motivos para estar alegre ou triste.Estar atento aos processos de raciocínio é primeiro passo para vencer a mente. Enquanto não fizermos isso não vamos atingir a apatia e neutralidade, mas sim vamos continuar vivendo numa verdadeira montanha-russa sentimental, ora infeliz, ora de bem com a vida. E desta forma é praticamente impossível atingir a felicidade incondicional e o amor universal.

terça-feira, 26 de maio de 2009

CRISTO E O AMOR UNIVERSAL

1_ NÃO JULGUE. Julgar é você formar uma idéia sobre alguém ou sobre alguma coisa. ‘Amar universalmente’ é não ter idéia sobre nada, é não ter opinião sobre nada. Foi isso que o Cristo ensinou.
2_ NÃO COMETA ADULTÉRIO. ‘ADULTERAR É FALTAR COM A VERDADE’, alterar uma verdade. Tudo o que o ser humano afirma é uma adulteração da verdade universal. Por que? Porque é uma idéia humana. Porque é uma idéia aprisionada às capacidades perceptivas do ser humano. Tudo o que o ser humano acha, é mentira. Tudo! Não importa o que você ache sobre qualquer coisa, é mentira!!! Mentira para o Universo. Pode ser verdade para vocês, verdade dentro da lógica humana, mas universalmente falando é uma ilusão.
3._ DESPOSSUIR! Amar universalmente é não ter posses: a propriedade sobre alguma coisa, é meu, é dele, é dela, é do outro / o gostar ou não gostar, o amar ou não amar, o querer ou não querer / o saber, o querer saber, o conhecer.
4._ ‘AMAR UNIVERSALMENTE É AMAR O PRÓXIMO COMO A SI MESMO!’ É dar ao outro tudo o que você quer para você. É você anular-se para que o outro seja alguma coisa. É não julgar, não adulterar, não ter posses! Amar universalmente é ser o que você já é e para isso você precisa deixar de ser o que você acha que é.
Consciência Crística . Veja que ensinamento Cristo está passando a você para viver internamente aquele ensinamento. Não se apegue a palavras, não se apegue a atos. Vá além do Cristo humano, buscar o amor e não o Cristo e não o Jesus.
Centro de Estudos Universalistas http://meeu.com.br/?p=7714
SE EU QUISER FALAR COM DEUS
Gilberto Gil

Se eu quiser falar com Deus
Tenho que ficar a sós
Tenho que apagar a luz
Tenho que calar a voz
Tenho que encontrar a paz
Tenho que folgar os nós
Dos sapatos, da gravata
Dos desejos, dos receios
Tenho que esquecer a data
Tenho que perder a conta
Tenho que ter mãos vazias
Ter a alma e o corpo nus
Se eu quiser falar com Deus
Tenho que aceitar a dor
Tenho que comer o pão
Que o diabo amassou
Tenho que virar um cão
Tenho que lamber o chão
Dos palácios, dos castelos
Suntuosos do meu sonho
Tenho que me ver tristonho
Tenho que me achar medonho
E apesar de um mal tamanho
Alegrar meu coração
Se eu quiser falar com Deus
Tenho que me aventurar
Tenho que subir aos céus
Sem cordas pra segurar
Tenho que dizer adeus
Dar as costas, caminhar
Decidido, pela estrada
Que ao findar vai dar em nada
Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada
Do que eu pensava encontrar

sábado, 16 de maio de 2009

A ALEGRIA DO SER
Para demonstrar como você se deixou dominar pelo tempo psicológico, experimente usar o critério de se perguntar se existe alegria, naturalidade e leveza no que você está fazendo. Se não existir, é porque o tempo está encobrindo o momento presente e a vida está sendo percebida como um encargo ou uma luta.
A ausência de alegria, naturalidade ou leveza no que estamos fazendo não significa, necessariamente, que precisemos mudar o que estamos fazendo. Talvez baste mudarmos o como. "Como" é sempre mais importante do que "o que". Verifique se você pode dar muito mais atenção ao fazer do que ao resultado desejado através do fazer. Dê a sua inteira atenção para o que quer que o momento apresente. Isso implica que você aceitou totalmente o que é, porque não se pode dar atenção completa a alguma coisa e, ao mesmo tempo, resistir a ela.
Ao respeitarmos o momento presente, toda a luta e a infelicidade se dissolvem e a vida começa a fluir com alegria e naturalidade. Ao agirmos com a consciência do momento presente, tudo o que fizermos virá com um sentido de qualidade, cuidado e amor, mesmo a mais simples ação.
Portanto, não se preocupe com o resultado da sua ação, basta dar atenção à ação em si. O resultado surgirá espontaneamente. Essa é uma valiosa prática espiritual. No Bhagavad Gita, um dos mais antigos e mais belos ensinamentos espirituais que existem, o desapego ao resultado da ação é chamado Karma Yoga. É descrito como o caminho da "ação santificada" .Ao fim dessa luta compulsiva contra o Agora, a alegria do Ser passa a fluir em tudo o que fazemos. No momento em que a nossa atenção se volta para o Agora, percebemos uma presença, uma serenidade, uma paz. Não dependemos mais do futuro para obtermos plenitude e satisfação, não o olhamos mais como salvação. Conseqüentemente, não estamos mais presos aos resultados. Nem o fracasso nem o sucesso têm o poder de alterar o estado interior do Ser. Você acabou de encontrar a vida sob a situação de vida.
Na ausência do tempo psicológico, o nosso sentido do eu interior provém do Ser, não do nosso passado pessoal. Assim, desaparece a necessidade psicológica de nos tornarmos uma outra pessoa diferente de quem já somos. No mundo, levando em conta a situação de vida, podemos nos tornar ricos, conhecidos, bem-sucedidos, livres disso ou daquilo, mas, na dimensão mais profunda do Ser, estamos completos e inteiros agora.
Nesse estado de plenitude, ainda teríamos capacidade ou vontade de alcançar os objetivos externos?
Claro que sim, mas sem as expectativas ilusórias de que uma coisa ou alguém no futuro irá nos salvar ou nos fazer felizes. No que diz respeito à situação de vida, podem existir coisas a ser alcançadas ou adquiridas. Vivemos no mundo da forma, dos lucros e perdas. Mas, em um nível mais profundo, já estamos completos, e quando percebemos isso, tudo o que fizermos será impulsionado por uma energia alegre e jovial. Estando livre do tempo psicológico, não perseguimos mais os objetivos com uma determinação implacável, movida pelo medo, pela raiva, pelo descontentamento ou pela necessidade de nos tornarmos alguém. Nem permanecemos imóveis com medo de falhar. Quando o nosso sentido profundo do eu interior é derivado do Ser, quando nos livramos do "tornar-se" como uma necessidade psicológica, nem a nossa felicidade nem o nosso sentido do eu interior dependem do resultado e, assim, nos libertamos do medo. Não buscamos permanência onde ela não pode ser encontrada, ou seja, no mundo da forma, dos lucros e perdas, do nascimento e da morte. Nem esperamos que situações, condições, lugares ou pessoas nos tragam felicidade, só para depois nos causarem sofrimento, quando nossas expectativas não forem correspondidas.
Tudo inspira respeito, mas nada importa. As formas nascem e morrem, ainda que estejamos conscientes de uma eternidade subjacente às formas. Sabemos que "nada de verdade pode ser ameaçado" .Quando este é o seu estado de Ser, como é possível não alcançar o sucesso? Você já o alcançou.
'O poder do agora' . Eckhart Tolle

sexta-feira, 15 de maio de 2009

O PODER DO AGORA
Ninguém tem uma vida livre de sofrimento e mágoa. Não é uma questão de aprender a viver com isso, em vez de tentar evitar?A maior parte do sofrimento humano é desnecessária. Ele se forma sozinho, enquanto a mente superficial governa a nossa vida. O sofrimento que sentimos neste exato momento é sempre alguma forma de não-aceitação, uma forma de resistência inconsciente ao que é. No nível do pensamento, a resistência é uma forma de julgamento. No nível emocional, ela é uma forma de negatividade. O sofrimento varia de intensidade de acordo com o nosso grau de resistência ao momento atual, e isso, por sua vez, depende da intensidade com que nos identificamos com as nossas mentes. A mente procura sempre negar e escapar do Agora. Em outras palavras, quanto mais nos identificamos com as nossas mentes, mais sofremos. Ou ainda, quanto mais respeitamos e aceitamos o Agora, mais nos libertamos da dor, do sofrimento e da mente.
 Por que a mente tem o hábito de negar ou resistir ao Agora? Porque ela não consegue funcionar e permanecer no controle sem que esteja associada ao tempo, tanto passado quanto futuro, e assim ela vê o atemporal Agora como algo ameaçador. Na verdade, o tempo e a mente são inseparáveis. Imagine a Terra sem a vida humana, habitada apenas por plantas e animais. Será que ainda haveria passado e futuro? Será que as perguntas "que horas são?" ou "que dia é hoje?" teriam algum sentido para um carvalho ou uma águia? Acho que eles ficariam intrigados e responderiam: "Claro que é agora. A hora é agora. O que mais existe?"
 Não há dúvidas de que precisamos da mente e do tempo, mas, no momento, em que eles assumem o controle das nossas vidas, surgem os problemas, o sofrimento e a mágoa. Para ter certeza de que permanece no controle, a mente trabalha o tempo todo para esconder o momento presente com o passado e o futuro. Assim, a vitalidade e o infinito potencial criativo do Ser, que é inseparável do Agora, ficam encobertos pelo tempo e a nossa verdadeira natureza é obscurecida pela mente. Todos nós sofremos ao ignorar ou negar cada momento precioso ou reduzi-lo a um meio para alcançar algo no futuro, algo que só existe em nossas mentes, nunca na realidade. O tempo acumulado na mente humana encerra uma grande quantidade de sofrimento cuja origem está no passado.
 Se não quer gerar mais sofrimento para você e para os outros, não crie mais tempo, ou, pelo menos, não mais do que o necessário para lidar com os aspectos práticos da sua vida. Como deixar de "criar" tempo? Tendo uma profunda consciência de que o momento presente é tudo o que você tem. Faça do Agora o foco principal da sua vida. Se antes você se fixava no tempo e fazia rápidas visitas ao Agora, inverta essa lógica, fixando-se no Agora e fazendo visitas rápidas ao passado e ao futuro quando precisar lidar com os aspectos práticos da sua vida. Diga sempre "sim" ao momento atual. O que poderia ser mais insensato do que criar uma resistência interior a alguma coisa que já é? O que poderia ser mais insensato do que se opor à própria vida, que é agora e sempre agora? Renda-se ao que é. Diga "sim" para a vida e veja como, de repente, a vida começa a trabalhar mais a seu favor em vez de contra você.
 Às vezes, o momento atual é inaceitável, desagradável ou terrível. As coisas são como são. Observe como a mente julga continuamente o comportamento, atribuindo nomes às coisas. Entenda como esse processo cria sofrimento e infelicidade. Ao observarmos o mecanismo da mente, escapamos dos padrões de resistência e podemos então permitir que o momento atual exista. Isso dará a você uma prova do estado de liberdade interior, o estado da verdadeira paz interior. Veja então o que acontece e parta para a ação, caso necessário ou possível. Aceite, depois aja. O que quer que o momento atual contenha, aceite-o como uma escolha sua. Trabalhe sempre com ele, não contra. Torne-o um amigo e aliado, não seu inimigo. Isso transformará toda a sua vida, como por milagre.
fonte: Livro "O Poder do Agora"

terça-feira, 28 de abril de 2009

O ÚNICO REMÉDIO É A HARMONIA
"Como os seres humanos possuem um corpo físico, um coração, um intelecto, uma alma e um espírito, eles vivem em vários planos. Mas nesses diferentes planos, é possível que algumas condições lhes sejam benéficas e favoreçam a sua evolução, enquanto outras lhes sejam contrárias e os impeçam de evoluir. Tanto que lá, onde alguns se expandem, outros desmoronam, e vice-versa.Uma pessoa, por exemplo, tem faculdades intelectuais muito bem desenvolvidas, mas uma saúde deplorável. Por quê? Porque no Universo existem forças, correntes que não estão completamente em acordo com alguns aspectos da sua existência e combatem-na provocando distúrbios nessa pessoa. Em um plano ou em outro, os seres humanos devem sofrer esse tipo de discordância. O único remédio é a harmonia: harmonia com o sol, com as estrelas, com a terra, com toda a Natureza, para que todas as forças cósmicas contribuam para o seu crescimento."
Aivanhov

domingo, 26 de abril de 2009

A NATUREZA ESPIRITUAL E A NATUREZA HUMANA
"Não se trata do que se faz, mas de como se faz, para que se faz. O ato, a ação, não é por si só atributo de elevação ou não. O que pode ser considerado como atributo de elevação espiritual é a base da ação: a intencionalidade com que se vivencia cada acontecimento da existência."

A primeira base ou comportamento que norteia o ser humanizado é o materialismo. O espírito quando encarnado é sempre materialista por essência. Mesmo aqueles que buscam a Deus, na verdade ainda almejam o materialismo. Já o espírito norteia a sua interatividade com base no espiritualismo.
O materialismo, apesar do que muitos acham, não é querer objetos materiais (dinheiro, bens materiais), mas se aplica àquele que quer a felicidade material, o prazer, a satisfação de ver seus desejos realizados. Desejando estar aqui e conseguindo, certamente está gozando o prazer e não a felicidade incondicional.
Isto é materialismo. Mesmo que o desejo seja voltado para as coisas divinas, quando existe o contentamento de ter realizado o que era desejado o ser humanizado alcança o prazer. A realização de desejos, não importa qual seja, é prazer e leva apenas ao materialismo, à prisão à vida material.
O espiritualismo como base de vida é mais do que se voltar para as coisas divinas, mas caracteriza- se por alcançar a felicidade com as coisas divinas.
Quem alcança esta felicidade vive na equanimidade (não alteração de ânimos) e não no prazer (“que bom, consegui vir”) ou na depressão (“eu queria tanto ter ido...”).
O segundo aspecto da natureza humana é que ela age sempre guiada por regras e normas baseadas em padrões materiais. Mesmo que a busca seja pela coisa espiritual, a natureza humana segue regras e normas humanas, padrões materiais.
Alguns imaginam uma rosa, outros uma luz que desce do céu, outra corrente ainda prega que seja necessário focalizar determinado chacra. Isto é prender-se a regras e normas, padrões humanos, pois eu pergunto: e quando não houver mais corpo, mais formas, mais chacras como farão para existir no Universo?
Além do mais este padrão é ditado por alguém que experimentou individualmente e, para ele, deu certo. Mas, quantos não conseguem justamente porque querem copiar o padrão individual do outro e não sabem que é por este motivo?
No mundo espiritual não existem padrões e regras porque não existe individualismo, ou seja, cada um experimenta a sua individualidade pelo seu caminho. Apenas uma coisa existe no Universo e ela é genérica: o Amor.
Só o amor é comum a todos os espíritos e, por conseguinte o amar. Assim sendo os espíritos vivem pela consciência amorosa que possuem e não por padrões ditados por quem quer que seja, inclusive Deus.
Portanto, se você quiser pela sua natureza espiritual sair da carne, ligue-se no amor universal e não em coisas materiais, em padrões ditados exteriormente. Esta é a segunda característica que diferencia a natureza humana da espiritual: seguir padrões ditados por outros versus a conquista da consciência amorosa.
A terceira característica diferente entre as naturezas é que a humana é individualista enquanto que a espiritual é universalista. A natureza humana está sempre buscando o seu bem individual enquanto que a espiritual está sempre buscando viver para o próximo, para servir o próximo sem intencionalidade alguma.
A natureza espiritualista é completamente livre de paixões individualizadas e, portanto, sem desejos a seres satisfeitos. O único objetivo da natureza espiritualista é servir incondicionalmente ao próximo.
Já a natureza humana é apegada a paixões que geram vontades. Ela não consegue lidar com os elementos da existência carnal sem gerar uma paixão individual. Mesmo no tocante ao relacionamento com as coisas divinas, a natureza humana está sempre pensando em si primeiro.
Por exemplo, vocês vieram aqui para evoluírem, para adquirirem conhecimento para a sua evolução ou para servirem ao próximo? Claro que foi para si, para ganhar. É este egoísmo de querer para si, mesmo que seja a elevação espiritual que caracteriza a natureza humana.
Aquele que vivesse na essência espiritual viria aqui sem planejar, sem desejar, mas porque Deus o trouxe. Estaria aqui participando desta conversa com a consciência amorosa, ou seja, emanando amor e não prestando atenção nas regras e normas para sua evolução. Enquanto aqui permanecesse não esperaria receber nada, mas estaria sempre voltado a expandir o amor para servir ao próximo.
O que a característica humana deseja é contrário ao que a característica espiritual quer. Esta constatação precisa ficar bem clara para aqueles que pretendem realizar a elevação espiritual, pois não adianta se buscar a vida espiritual na natureza humana, ou seja, com prazer, com regras e normas e com individualismo. É preciso buscá-la com a natureza espiritual: com o espiritualismo, que se traduz pela felicidade incondicional, que é fruto da consciência amorosa da ação, e pelo universalismo, se doar ao próximo.
Resumindo para deixar bem clara esta questão da busca da elevação espiritual: não se trata do que se faz, mas de como se faz, para que se faz. O ato, a ação, não é por si só atributo de elevação ou não. O que pode ser considerado como atributo de elevação espiritual é a base da ação: a intencionalidade com que se vivencia cada acontecimento da existência.
Por isso, não importa se você passa o dia inteiro “rezando ajoelhado no milho” ou se freqüenta regularmente um local de ligação com Deus; se não tiver como fundamentos da sua existência o espiritualismo, a consciência amorosa e o universalismo nada foi realizado.
www.meeu.com.br

domingo, 5 de abril de 2009

ACORDES EM HARMONIA
Quando um acorde musical é tocado, uma certa harmonia é produzida por aquela combinação de notas. Mas um acorde no qual haja apenas uma nota incorreta produz discordância, dissonância. Isso tem um efeito muito definido.
A mesma coisa acontece aos homens. Se um aspecto está fora de harmonia com o restante, não funcionamos com suavidade; nossas ações vêm de campos de consciência que não estão integrados. Isso pode resultar em doença. Se os acordes de muitos indivíduos não estiverem em harmonia, grupos de seres humanos podem se tornar mutuamente destrutivos, como testemunhamos hoje em dia.
Em comparação, consideremos a natureza. A natureza é como uma orquestra que reúne incontáveis notas. Desde o tempo de Pitágoras, essa sinfonia cósmica é conhecida como a Música das Esferas. De acordo com esse conceito, cada diminuto átomo está afinado a uma nota musical e está constantemente em movimento com velocidades incríveis, cada velocidade possuindo sua própria qualidade ou nota numérica. Se tivermos ouvidos para ouvir, poderíamos realmente perceber uma árvore crescer ou uma flor desabrochar. Da mesma forma, poderíamos ouvir os gritos de outros seres humanos e de outras formas de vida no planeta, e estaríamos melhor equipados para aliviá-los.
Nós, seres humanos, parecemos estar sempre buscando algo, numa tentativa de redescobrir um aspecto perdido da natureza – o acorde da harmonia com o universo. Harmonia não é um conceito visionário de contos de fadas. É muito relevante na vida diária. Ademais, a harmonia não está limitada ao individual, à família e à comunidade humana.
Antes, implica um estado de profunda ressonância interna com toda a vida no mundo terrestre, e, no final das contas, com toda a vida que reside nos domínios ainda mais inferiores. A busca por esse acorde perdido nos tem levado em miríades de direções. Estamos buscando preencher os vazios existentes em nossas estruturas, para nos tornarmos integrais.
Linda Oliveira
A HARMONIA INTERNA .
..”Como já mencionamos, existem leis que governam o mundo interno, diferentes daquelas que regulam o mundo externo.
... Exemplos: para modificar o mundo externo, temos que usar energia e força de vontade. Se tentarmos usar essa mesma força de vontade para forçar uma mudança interna, o resultado será um conflito interno, desarmonia e tensão.
Para instalar ordem no mundo externo são necessários: pensamento, raciocínio, comparação e planejamento. Se usarmos os mesmos métodos no mundo interno, o resultado será contradição, medo e desapontamento.
Poucos pensariam em aplicar amor quando estivessem construindo uma máquina ou cavando uma vala. Os sábios nos dizem que o amor, no mundo interno, opera milagres, e sua influência pode mesmo alcançar longínquas galáxias.
O mundo externo é governado por leis de tempo e espaço, porque todas as coisas são compostas e interagem entre si, dentro do tempo e do espaço. No mundo interno não existe tempo nem espaço. Apenas uma única e indivisível totalidade, onde os eventos acontecem espontaneamente, de momento em momento, sem uma interação linear.
O elemento básico dessas vistas internas se encontra no enunciado da Unidade, da realidade interna. Essa unidade manifesta-se na experiência mística como um fato real. Mas pode-se facilmente incorporá-la à vida diária e comprovar seu valor. Alguns podem pensar que essas idéias contêm somente proposições infundadas, mas para mim, a visão interna da unidade é absolutamente consoante com o raciocínio humano, conquanto a Unidade mesma esteja fora e além de qualquer razão.
... A harmonização interna vê e compreende a natureza da dualidade externa e a unidade interna sem misturá-las. Apenas imaginar como a consciência funciona já resultará na correção dos erros internos, porque, então, o conflito interno acabará por si mesmo. Quando compreendemos que a consciência que quer modificar o que somos, é a mesma consciência que se deve modificar, sabemos que há algo errado com a atitude de mudar. A harmonização interior, naturalmente, serve para que alguém saiba como realmente é e, ao mesmo tempo, como é o mundo, mas antes temos que nos livrar das ilusões mentais, isto é, confrontar, sinceramente, como somos e como é o mundo.
...Tudo é exatamente como deveria ser.
... Tal vislumbre interno ou harmonia que, por vezes chamamos de visão interior (insight), é o amor incondicional que nunca julga nem toma partido.
... Tudo é impregnado de significado ou propósito e, no mais íntimo centro do Universo, este significado é um e o mesmo para todas as coisas e para todos os incidentes. A meta de todo empenho espiritual é aproximar-se da Verdade Una, inata neste Universo maravilhoso, discernir o significado único que se manifesta em cada parte sua e seguir o progresso da criação com o Criador.
... Os problemas são, essencialmente, apenas desacordos mentais internos. Eles são o resultado dos nossos desejos de que as coisas sejam diferentes do que, em verdade, são. Todos os problemas podem ser resolvidos pela modificação da nossa atitude em relação a eles, aceitando as coisas como elas são.
... Reconciliar-se com a vida é compreende-la e compreender a vida é estar contente com ela. Amor e compreensão, sempre andam de mãos dadas porque, em verdade, eles são a mesma coisa.
... A maioria dos problemas tem sua origem nos relacionamentos humanos. Por esta razão é muito útil que se examine a fundo os complicados processos das relações humanas. Da mesma forma que a determinação ou a força não tem a mínima utilidade nos reinos internos da consciência, nos relacionamentos humanos elas atuam com toda a propriedade. Aqui os problemas são um pouco mais complicados, tendo em vista que precisamos discernir entre a harmonia interna e a rendição ou o perdão externos. Reagir à vontade dos outros não é uma demonstração de boa vontade mas de estupidez. A única marca dos feitos de alguém é a sua própria compreensão do amor, porque este estado o faz abster-se de julgar as ações alheias; isto acontece apenas quando existem compreensão e compaixão profundas e internas.
... Libertar-se do ego é a única forma de vivenciar a real liberdade. Não existe liberdade externa, no sentido comum da palavra, mas liberdade interna, que significa ser totalmente independente das condições internas e externas e que resultará na liberdade externa. Toda dependência, tanto interna quanto externa é devida a condicionamentos internos. Você tem direito a bem poucas escolhas na arena da vida diária, mas você sempre poderá escolher como vai viver os incidentes da vida de momento em momento. Todas as reações que se originam no passado são limitadas e dependentes, mas se você enfrenta todos os eventos com atenção plena e boa vontade, algo novo e criativo acontece e isto corrige todas as ações.
A libertação do Karma não ocorre pela substituição do mau pelo bom Karma, mas pela queima de todo Karma no fogo da compreensão e do amor. A isto podemos chamar harmonia interna."
Einar Adalsteinsson . (Sociedade Teosófica)
O QUE EU QUERO?  ”O que é que eu realmente quero?” A ênfase, no entanto, não deve estar no “eu quero”. A pergunta deveria auxiliar-nos a descobrir o que é que a natureza mais íntima busca.
De um estado de absoluta quietude – que surge quando o pensamento e a palavra são ambos postos de lado – que resposta o coração dá à pergunta?
A pergunta crucial é: em meio a toda minha atividade, onde estou centrado? qual é minha condição interior enquanto atuo, falo, penso?
Somente aqueles que estão afinados saberão infalivelmente qual a coisa certa a fazer.
É igualmente fácil tomar por engano um sentimento de emocionalismo como sendo a resposta do coração. Mas isto não é o que se pretende dizer por “coração”. Por “coração” devemos entender Buddhi ou a percepção superior.
A fim de encontrar o centro interior, de chegar um pouco mais perto da Realidade, é necessário afastar-se das preocupações diárias.
Se olhamos a vida com este “senso de distância”, podemos ver muito mais do quadro total. Quando um quadro nos dá um senso de beleza, é porque ele é o quadro inteiro; um canto limitado do quadro não pode dar-nos o significado total.
Somente quando o coração vê e sabe-se estar em relação com tudo o que existe é que ele se torna capaz de agir retamente.
Nós tentamos compreender o homem e o universo através de nossos estudos, investigação e através da discussão com mente aberta, não nos agarrando com muita certeza ao nosso conhecimento, sempre compreendendo nossas limitações.
Deve-se ter constantemente em mente que nossos conceitos podem estar errados e que, de qualquer forma, todos os conceitos são enormemente limitados e o que nós compreendemos ao nível do pensamento não é a realização da verdade, pois o pensamento e o conceito podem estar completamente divorciados da vida e dos relacionamentos.
Somente aqueles que estão afinados com seu coração saberão infalivelmente qual a coisa certa a fazer.
Radha Burnier (The Theosophist)

quinta-feira, 2 de abril de 2009

LIDANDO COM A SOLIDÃO
Noventa e nove porcento da atividade humana é voltada para um único fim: fugir da solidão. Quase ninguém aceita a solidão como uma parte inevitável da nossa experiência no mundo. Olhamos para a solidão como um inimigo terrível e pagamos o preço que for preciso tentando dela escapar. Vendemos nossas almas e, até mesmo, nossa dignidade para nos ver livres do incômodo que ela causa.
O principal componente da solidão é o silêncio e, em um mundo tão barulhento como este que criamos, uma experiência como essa parece mesmo insuportável. Olhe para si mesmo, olhe para a sua vida. Há sempre um novo bar a conhecer, há sempre um novo livro para comprar, há sempre um novo filme em cartaz, há sempre um novo lugar a visitar. Entretanto, o mais delicioso de todos os recantos é sempre evitado: o seu próprio ser, a sua própria subjetividade, a sua própria interioridade.Você se tornou um viciado… um mendigo sempre em busca de novas experiências. Esse vício o leva a querer experimentar mais e mais, sempre. Com isso, não há espaço para o repouso e o relaxamento. Não há espaço para a meditação. Ficar absolutamente só, frente a frente apenas consigo mesmo é praticamente impossível. Quando tais momentos o alcançam você se sente entediado, triste e, assim, sai em busca de algo que preencha este vazio, algo que o distraia: um cigarro, um novo CD que você adquiriu, ir ao shopping, beber alguma coisa, assistir televisão, alugar um DVD e tudo aquilo que esta feira moderna nos oferece.Você tem medo da solidão e é a partir desse medo que você lida com o mundo e com as pessoas. A partir desse medo seus relacionamentos são criados. Você se torna dependente do outro. Observe, por exemplo, seus relacionamentos amorosos. Todos eles são construídos sob esta base: o seu medo da solidão. Todos eles são forjados pela sua dor. Curiosamente, quando terminam eles o remetem a esta mesma dor e todo o ciclo recomeça: bares, sair por aí à procura de alguém, horas e horas diante da internet… o leque de possibilidades é infinito.Existe um momento na vida do buscador espiritual em que ele precisará lidar com essa questão, a questão da solidão. Este é um momento sagrado, um instante santo. Olhar para a solidão e a maneira como você lida com ela pode ser fascinante. Poderá, se você for honesto o suficiente, lançá-lo numa investigação que transformará toda a sua vida.O silêncio contido na solidão contém um tremendo poder. O silêncio contido na solidão é um maravilhoso convite. Através dele você será levado a uma fantástica constatação: em todo o universo, uma única inteligência atua e, a despeito da forma como ela se manifesta (como um ser humano, como uma folha de relva, como uma borboleta ou uma árvore e, até mesmo, como uma galáxia ou um sistema solar), esta inteligência, esta abundante criatividade é a ÚNICA coisa que existe, a própria verdade. Você é isso!Se dermos a esta inteligência o nome “Deus” ou até mesmo “pura consciência”, veremos que apenas Deus existe e que tudo o mais é fruto da sua dança, do seu movimento. Em outras palavras, veremos que tudo o mais é uma simples aparição, organizada no espaço e no tempo, a partir desta simples Unidade.Assim, chegamos à questão central: a solidão é, acima de tudo, a base mais fundamental de sua condição primordial, Senti-la como dor ou sofrimento é perder de vista a essência da coisa. Existe apenas você – como pura consciência, vida, inteligência ou criatividade. Acreditar na ausência ou na falta do outro em sua vida é perceber a si mesmo como algo ou alguém aqui separado de tudo o mais. Entretanto, “tudo o mais” não passa de um conjunto de palavras. Você é o mundo. O universo é uma extensão sua. A separação e a dualidade, portanto, é uma mentira que você vem contando a si mesmo há muito tempo. É chegada a hora desta mentira dar lugar a uma nova percepção.Quando realizamos e constatamos essa presença que a tudo permeia em nossas próprias vidas; quando enxergamos que uma única verdade percorre o universo e que nós somos esta verdade, começamos a funcionar a partir de uma outra freqüência, um novo canal de entendimento que nos deixa completamente à vontade diante da vida, pois esta é a nossa casa, este é o nosso lar. Então, não é necessário fugir de nada, não é necessário buscar mais nada. Este silêncio que nos envolve e que é a definição mais radical e profunda do seu próprio ser começa a operar. Este silêncio o levará à constatação de algo absolutamente mágico: vivemos em um universo psicodélico e luminoso e este espetáculo nos pertence.Colocando de uma outra forma, você perceberá que a solidão oferece um espaço maravilhoso para que você encontre a si mesmo a partir do seu próprio centro e mergulhe na vida experimentando, mais e mais, o seu verdadeiro sabor, a sua verdadeira glória. Não há nada mais excitante!Quanta dor sinto ao vê-lo agindo como um miserável, abrindo mão deste imenso tesouro que você trouxe consigo quando veio a este mundo: a simplicidade e a vastidão do seu próprio ser; uma inocência e uma riqueza reveladas apenas quando aceitamos e compreendemos aquilo que realmente somos. Quanta tristeza sinto ao vê-lo abrindo mão da mesma simplicidade e a mesma inocência capazes de revelar o verdadeiro amor, o único que, de fato, poderá preenchê-lo. Encontrar-se consigo mesmo em silêncio é uma experiência fulminante. Mostrará a você que o seu melhor amigo é você mesmo e que a grandeza do amor consiste na absoluta aceitação daquilo que este momento oferece. Aquele que me compreende não conhece o tédio ou a solidão. Conhece apenas a eterna pulsação da vida, convidando-o a um orgasmo inigualável, presente em cada respiração, em cada olhar, em cada instante.
RASUL
ILUMINAÇÃO ENLATADA
Você acredita em contos de fadas? Sim, porque a iluminação, da forma como você a enxerga ou imagina, não passa de um conto de fadas. Você criou seus próprios modelos e pretende, um dia, quem sabe, fixar este modelo em sua personalidade. Então, poderá dizer a si mesmo: “Atingi o supremo. Tornei-me iluminado.”
Você, talvez, seja um devoto de Ramakrishna. Então, você olha para a vida de um homem com esse e estabelece os padrões a serem seguidos. Você, supostamente, diante de uma imagem de Kali, entrará em êxtase e começará a chorar feito criança e entoar canções à Deusa. Se você é um discípulo de Ramana Maharshi, o silêncio, encoberto apenas por uma tanga, é o modelo a ser imitado. Quanto ao grande número de seguidores que Osho atraiu, o modelo é: celebre, a vida é uma festa, um orgasmo e, se você quiser, um orgasmo múltiplo. Deixe sua barba crescer e use robes exóticos. Se Gurdjieff o inspirou é preciso praticar os exercícios e as danças que ele criou. É preciso ler, pelo menos três vezes os “Relatos de Belzebu.” Por fim, se Jesus é o seu mestre é preciso imita-lo nos mínimos detalhes. É preciso conhecer a “Imitação de Cristo”, oferecer tudo o que tem aos pobres e jamais atirar a primeira pedra.
Nada disso, o conduzirá ao eterno. A simples imitação de gestos e palavras oriundas de homens tão fascinantes não o conduzirá a Deus. O motivo é muito simples: você já está diante de Deus ou, se preferir, você é um Deus encarnado, esquecido da sua origem.
A iluminação é simplesmente um outro nome para aquilo que somos e se você ainda não realizou ou constatou a obviedade dessa afirmação, isso se deve ao fato de que você projetou sobre ela um conjunto de percepções inteiramente equivocadas. A primeira e mais poderosa dessas percepções, aquela profundamente enraizada na árvore genealógica de sua própria ilusão, é o fato de que você acredita que ainda não é iluminada, ainda não percebeu a presença do que, vulgarmente, é chamado de “eu superior”.
Recentemente, dado o caráter bastante intelectualizado desta nova geração de mestres e discípulos, a última moda a respeito da iluminação é aquela baseada nos assim-chamados ensinamentos não-duais, do Vedanta Advaíta, Dzogchen e o próprio Zen.
É curioso notar: a imitação dos modelos associados à descoberta da verdade, sofreu uma mutação. A última moda chama-se “satsang” ou “comunhão com a verdade”. Gente do mundo inteiro apregoa o novo evangelho, a mais recente fórmula para a descoberta do óbvio: “Este é o chamado para o seu despertar. Aquieta-te e saiba. Não há nada a alcançar. Não há nada a compreender. Repouse nisso e tudo virá até você!”
“Mestres” (observe bem as aspas) do mundo inteiro lançam-se no mercado de negócios espirituais a cada ano, assegurando que você não só pode como, também, DEVE acordar agora. Com isso, apenas isso, seu pretenso ensinamento não-dual desaba diante da perspectiva de que ainda existe alguém que necessita despertar. O ensinamento ou a constatação de que tudo é a própria iluminação se transforma em um produto que alguém poderá comprar. A nova moda é vender encontros que proporcionem ao buscador o fim da busca.
Assim, diante da falta de modelos a imitar se torna, “quase sem querer”, no próprio modelo, recém-elaborado na fábrica da divina brincadeira. Tais mercadores do espírito precisam sobreviver, assim como eu ou você. Até mesmo Buda, Jesus ou Mahavira precisam comer. Eles não precisavam, porém, afirmarem-se como mestres. Sua própria presença indicava isso.
Não é possível transmitir a iluminação! Mesmo olhando nos olhos de Jesus ou Krishnamurti você poderá recuar ou, até mais do que isso, nada compreender. Tal fato indica a necessidade, inevitável, de que você ache o seu próprio caminho. O abismo à sua frente é o SEU abismo e se existem pontos em comum aqui e ali a respeito da maneira como um determinado mestre atua, isso não passa de uma mera coincidência.
Meera e Chaytania Mahaprabhu dançavam para o Amado (Krishna). Rumi girava e rodopiava por horas a fio, criando um enorme campo de energia à sua volta. Buda amava sentar. Al Ghazzali e Ibn Arabi escreveram milhares de páginas, inúmeros textos. Meher Baba permaneceu por mais de trinta anos em absoluto silêncio. Mansur gritava diante da multidão: “Eu sou a Verdade!” Sócrates utilizava o diálogo como forma de expressão. Cada um, à sua maneira, encontrou sua própria maneira de celebrar a vida. Todos eram inspirados pela vida.
Não há a necessidade de modelos. VOCÊ é o modelo que a existência elegeu e seu único papel e representar o seu mito, ser você mesmo, sem ressalvas. Não há a necessidade de imitar ninguém. Respeite a si mesmo e pronto. No Zen, os patriarcas dizem: “Ao encontrares o Buda em tua frente, mate-o.” Eles o incitam a viver sua vida sem qualquer referência, sem qualquer imagem construída ou imaginada.
A sua iluminação está fadada a ser a SUA iluminação. A forma como a verdade se expressa em sua vida é a SUA forma de expressão. Somente você possui as qualidades que emana. Somente sobre você o sol se posiciona e cria uma nova sombra. Talvez você se torne um lenhador. Talvez você se torne um mendigo ou um homem de negócios. Talvez você se torne um mestre espiritual. Por que não? Esta, também, é uma possibilidade. Talvez a sua expressão se torne mais leve ou mais grave. Quem sabe?
Não há nenhuma qualidade especial a ser adquirida. Não há a necessidade de manifestar nenhum poder em especial. Você é especial. Você é único. Saboreie esta dádiva. O enigma do iluminado é que ele raramente se parece com aquilo que você chama ou reconhece como um “iluminado'.
RASUL

sexta-feira, 27 de março de 2009

Crônica de RUBEM ALVES Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória.
Todo mundo quer aprender a falar... Ninguém quer aprender a ouvir.
Pensei em oferecer um curso de escutatória, mas acho que ninguém vai se matricular.
Escutar é complicado e sutil.
Diz Alberto Caeiro que... Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores.
É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Filosofia é um monte de idéias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas.
Para se ver, é preciso que a cabeça esteja vazia.
Parafraseio o Alberto Caeiro:
Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito.
É preciso também que haja silêncio dentro da alma.
Daí a dificuldade:
A gente não agüenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor...
Sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer.
Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração.. .
E precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor.
Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil de nossa arrogância e vaidade.
No fundo, somos os mais bonitos...
Tenho um velho amigo, Jovelino, que se mudou para os Estados Unidos estimulado pela revolução de 64.
Contou-me de sua experiência com os índios: Reunidos os participantes, ninguém fala.
Há um longo, longo silêncio.
Vejam a semelhança...
Os pianistas, por exemplo, antes de iniciar o concerto, diante do piano, ficam assentados em silêncio...
Abrindo vazios de silêncio... Expulsando todas as idéias estranhas.
Todos em silêncio, à espera do pensamento essencial. Aí, de repente, alguém fala.
Curto. Todos ouvem. Terminada a fala, novo silêncio.
Falar logo em seguida seria um grande desrespeito, pois o outro falou os seus pensamentos. ..
Pensamentos que ele julgava essenciais.
São-me estranhos. É preciso tempo para entender o que o outro falou.
Se eu falar logo a seguir... São duas as possibilidades.
Primeira: Fiquei em silêncio só por delicadeza.
Na verdade, não ouvi o que você falou.
Enquanto você falava, eu pensava nas coisas que iria falar quando você terminasse sua (tola) fala.
Falo como se você não tivesse falado.
Segunda: Ouvi o que você falou. Mas, isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo.
É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou.
Em ambos os casos, estou chamando o outro de tolo. O que é pior que uma bofetada.
O longo silêncio quer dizer: Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou.
E, assim vai a reunião.
Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos.
E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia.
Eu comecei a ouvir.
Fernando Pessoa conhecia a experiência.. .
E, se referia a algo que se ouve nos interstícios das palavras... No lugar onde não há palavras.
A música acontece no silêncio. A alma é uma catedral submersa.
No fundo do mar - quem faz mergulho sabe - a boca fica fechada. Somos todos olhos e ouvidos.
Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da filosofia, ouvimos a melodia que não havia...
Que de tão linda nos faz chorar.
Para mim, Deus é isto: A beleza que se ouve no silêncio.
Daí a importância de saber ouvir os outros: A beleza mora lá também.
Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto.

jeova@neivas.com.br
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