A IMPORTÂNCIA DE OUSARMOS” PARTE
3
Transcrição da palestra proferida pelo amigo espiritual Joaquim .
ESPIRITUALISMO ECUMÊNICO UNIVERSAL . dez 2008
Transcrição da palestra proferida pelo amigo espiritual Joaquim .
ESPIRITUALISMO ECUMÊNICO UNIVERSAL . dez 2008
..."Esta não ofensa com a reação da sociedade terá que nascer da consciência de que se não ousar fazer diferente, jamais conseguirá aquilo a que se propôs, porque estará preso no mesmo caminho daqueles que não conseguem. Conscientizando-se da necessidade da ousadia, você poderá ir contra os padrões, mas sem isto, sofrerá no momento que for caluniado e nada terá realizado.
É
por causa do medo de ousar, ou seja, por causa da acomodação a que se submetem
os espíritos encarnados, que, quando conversamos sobre os ensinamentos deixados
pelos mestres a respeito da família, por exemplo, as pessoas dizem: “ah, mas eu
posso alcançar a evolução espiritual mantendo os meus vínculos familiares”. Não
pode.
Todos
os mestres da humanidade (Cristo, Buda, Krishna, Lao Tse), foram unânimes em
questionar os padrões com que são vivenciados os laços familiares pela humanidade.
Quem é minha mãe, quem são meus irmãos? São todos aqueles que fazem a vontade
de Deus.
Isto
ocorre porque quando se fala em evolução espiritual, se fala em universalização
enquanto que o padrão do vínculo familiar vivenciado no planeta é baseado na
individualização: meu, minha. Ninguém quer destruir as famílias, mas é preciso
que o ser humanizado aprenda a conviver neste núcleo dentro do amor universal
(amar a todos) para alcançar a elevação espiritual.
Portanto,
se você não ousar ir além do padrão “família” que é conhecido no planeta terra
abolindo o “meu” pelo universal, não consegue elevar-se.
“Quem
ama o seu pai ou a sua mãe mais do que a mim não serve para ser meu seguidor. Quem
ama o seu filho ou a sua filha mais do que a mim não serve para ser meu
seguidor. Só pode ser meu seguidor quem pega a sua cruz e me segue. Quem se
esforçar para conservar a sua vida vai perdê-la. E quem perder a sua vida por
minha causa vai achá-la” (Evangelho de Mateus, capítulo 10, versículos 37 a
39).
Sem
a ousadia nenhum espírito humanizado consegue a sua elevação espiritual porque
não coloca em prática os mandamentos que Cristo deixou.
Para
se cumprir o primeiro e o segundo mandamento (amar a Deus sobre todas as coisas
e ao próximo como a si mesmo) que o mestre nazareno classificou como aquilo que
efetivamente conduz à elevação espiritual é preciso ousar, pois só com ousadia
o ser humanizado poderá amar sem restrições.
Amar
sem restrições é não prever o que acontecerá pela sua ousadia. Um amor sem
esperar nada, sem exigir nada em troca, sem querer “ganhar” por amar.
Ousar
viver a vida espiritual na carne é entregar-se a uma ação diferentemente da
forma como os seres humanizados se entregam, ou seja, sem querer programar
resultados para esta ação. Os seres humanos não amam o próximo e a Deus, porque
participam dos acontecimentos dentro dos padrões humanos, ou seja, esperando
“ganhar” alguma coisa com o que estão praticando.
Quem
ousa não se preocupa se vai “ganhar” ou “perder”, se vai ser considerado “bom”
ou “mal”, “certo” ou “errado”, se vai alcançar o que quer ou não vai realizar
os seus desejos. Ousar é atirar-se em um “vazio”, ou seja, participar da ação
sem previsão de acontecimentos futuros. Isto denota a fé em Deus, ou seja, o
amor a Deus sobre todas as coisas.
A
ousadia necessária para se amar a Deus sobre todas as coisas está descrita com
perfeição na história do alpinista que morreu quando estava escalando uma
montanha de neve. Ele caiu da montanha onde estava e ficou preso por uma corda
à beira de um precipício balançando-se no ar.
Já
era noite e não conseguia se ver nada e por isto o alpinista não conseguia
enxergar a que distância estava do platô abaixo dele. Ele ficou se segurando na
corda e balançando no vazio sem saber se poderia largá-la ou não.
No
desespero apelo para o Pai: “Senhor, me ajude!”. Deus ouviu e respondeu:
“Largue a corda!”. No dia seguinte, o alpinista foi encontrado morto preso à
corda, balançando no ar, mas a menos de um metro de um platô que poderia ter
amortecido sua queda.
Ousar
é largar a corda sem olhar para baixo. É atender ao apelo divino sem querer
saber concretamente se há algo para lhe proteger ou lhe amparar. É atirar-se no
escuro, ou seja, sem saber o que acontecerá no futuro, pela confiança
irrestrita que sente por Deus.
Se
você precisa saber o que vai lhe acontecerá quando largar a corda (os padrões
da vida carnal) não ousou nada: atirou-se com a segurança material, confiou em
si e em suas percepções, ou seja, continuou seguindo o padrão humano de agir.
A
reforma íntima é um salto para o escuro, uma ação que deve ser praticada sem se
ter certeza de onde irá aterrissar."
Nenhum comentário:
Postar um comentário